Hoje,
Atravessei a porta da minha consciência
E percebi quão tristes e voluntariosas
São as minhas concepções de saudades.
Reencontrei,
Na chama da sua lembrança,
A força e a vida de um sentimento
Arguto, permanente e ocioso
Que se alimenta da solidão do meu ego.
Forte,
Busquei a cura,
A vacina para este mal,
Adensei os meus valores
Corrigindo sensações e avaliando respostas...
Fraca,
Desci a estrada do inconformismo
Por não poder trazê-lo à eternidade
E a solidão se fez mais forte,
Rasgando as minhas defesas,
Fazendo-se imune à reação do meu espírito.
Hoje,
Atravessei a porta da minha consciência
E percebi quão insólito e inescrupuloso
É o amor que sinto por você.
Amélia Rodrigues (1861-1926)
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