segunda-feira, dezembro 31, 2012

Crônica: Feliz Ano Velho!



Creio que a ingratidão é típico do mau caráter. Narra a Bíblia que quando Jesus curou dez leprosos apenas um voltou para agradecer a dádiva recebida. E olha que estamos falando de Jesus de Nazaré, a Luz do mundo, o Rei dos reis. E assim caminha a humanidade... Dois mil anos depois parece que não mudou muita coisa e a fila de ingratos e, naturalmente, infelizes, continua a crescer.

O fim do ano chegou. Felizmente para uns, que não viam a hora do dito cujo encerrar e infelizmente para outros, como eu, que não se cansam de botar os pardos joelhos no chão  e agradecer por esse inesquecível e excelente 2012. Dá vontade de fazer que nem a personagem "Jájá" e gritar aos quatro ventos: "Eu não merecia tanto".

Todo reveillon é a mesma rotina, uma chuva de pedidos para o ano vindouro, muita sorte, muita saúde, muito dinheiro no bolso. E o ano velho, quem se lembra? quem agradece? Quem bate no peito e diz obrigado meu Deus pelo ano maravilhoso que tive, obrigado por todas as vitórias, pelos objetivos alcançados, obrigado por meu trabalho, obrigado por poder trabalhar, obrigado por minha saúde, pela saude de meus filhos. Obrigado por não ser visitado pelo anjo do câncer, obrigado por não ter sido premiado com um acidente de trânsito, obrigado por minhas pernas que me levam a andar, sem reclamar. 

Obrigado por meus olhos, que me permitem ver o quanto tenho sido pouco agradecido por tantas maravilhas em minha vida. Obrigado por minhas mãos que pacientemente seguram meus livros enquanto eu os leio, mudas, sem reclamar. Mãos que me permitem escrever minhas bobagens sinceras. Obrigado por ninguém da minha família ter sido visitado pelo anjo da morte. E quantos param pra agradecer o ano que passou?

O próprio nome que dão já é um Bulling: ano velho. E o pobre do ano velho fica injeitado no seu canto triste, e já esquecido, lugar do passado. O máximo que dizem é "foi bom enquanto durou" e tchau 2012. E tome vestir branco, pular sete ondas, comer lentilha, botar uma calcinha nova pra arranjar um bofe. Mudar de atitude que é bom ninguém quer. Trabalhar mais, estudar mais, se esforçar mais, orar mais, perdoar mais, ser mais caridoso e paciente com os defeitos alheios, que é bom, ninguém quer.

Sejamos agradecidos, inclusive, pelas pequenas dádivas que no final das contas são as que realmente nos fazem felizes. Quem não é reconhecido o suficiente para agradecer o que recebeu, mostra que não está preparado para receber o que gostaria. Abra o seu coração para o agradecimento e você verá que tem recebido muito mais que merecido.

Feliz Ano Velho e faça por merecer um ano, verdadeiramente, novo.


Raimundo Freire.

quinta-feira, dezembro 27, 2012

O Dom Milagroso de Um Grande Amor - Florbela Espanca



Na vida de toda a gente há braçados floridos
dessas tolices sem importância.
Só a raros eleitos é dado o milagroso
dom  de um grande amor.
Eu teria muita pena que o destino
não me trouxesse esse grande amor
que foi o meu grande sonho pela vida fora.
Devo agradecer ao destino
o favor de ter ouvido a minha voz.
Pôr finalmente, no meu caminho,
a linda alma nova, ardente e carinhosa
que é todo o meu ampa­ro, toda a minha riqueza,
toda a minha felicidade neste mundo.
A morte pode vir quando quiser:
trago as mãos cheias de rosas 
e o coração em festa: posso partir contente. 




Florbela Espanca, in "Correspondência (1930)"

quarta-feira, dezembro 26, 2012

A Estrela de Belém - Frei Beto




“Conta a Bíblia que sobre a cidade de Belém da Judeia reluziu uma estrela ao nascer Jesus. Provenientes da Babilônia, os reis astrólogos, também conhecidos por magos, orientaram-se por ela até chegarem à manjedoura, junto à qual adoraram o Menino.

O rei Herodes, que governava a Palestina, viu na estrela um mal presságio. Já que o seu poder não tinha forças para apagar a estrela no céu, ordenou que o Messias fosse eliminado da face da Terra.

O Natal é uma festa paradigmática. Seus símbolos, aparentemente infantis, são psicologicamente profundos. Viver é uma experiência natalina. A diferença é que, em torno de 25 de dezembro, três fatores se somam: o caráter religioso da festa, que impregna a boca da alma de estranho sabor de nostalgia; a fissura papainoélica do consumismo e dos presentes compulsórios; e a proximidade da virada do ano.

Enquanto a compulsiva comercialização da data condena-nos à ressaca espiritual, o caráter religioso da festa deixa-nos com saudades de Deus, e a chegada do Ano-Novo reforça nosso propósito de melhorar de vida. Daí o sentimento conflitivo de quem gostaria de acordar na manhã de 25 e encontrar, nos sapatos, um símbolo de afeto, o afago à criança que dorme dentro de nós, mas sabe que, no império do mercado, a idade adulta é inimiga da infância.

"Ora, direis ouvir estrelas!”, canta o poeta. Sim, temos olhos e ouvidos para os signos que expressam o novo. Na vida, nossos passos são conduzidos por estrelas, sonhos e ambições que simbolizam a fonte da felicidade. Nunca estamos satisfeitos com o que somos ou temos. Feitos de matéria transcendente, trafegamos no labirinto da existência seduzidos pelo absurdo, mas famintos de Absoluto.

Para os antigos, a imagem da utopia era um jardim repleto de fontes, flores e frutos. Para a Bíblia, o Jardim do Éden, que em hebraico significa "lugar de delícias”, lá onde se suprime o limite entre o natural e o sobrenatural, o humano e o divino, o efêmero e o eterno.

Hoje, nosso mal-estar advém desse horizonte estreito em que miramos estrelas cadentes. Raras as ascendentes. Iniciamos o século e o milênio como aprendizes de deuses, capazes de engendrar vida em provetas e possuir olhos eletrônicos que penetram a intimidade da matéria e do Universo, sem, no entanto, erradicar a fome, a desigualdade e a injustiça.

Somos órfãos da esperança. Quase tudo está ao alcance do poder do dinheiro, exceto o que mais carecemos: um sentido para a vida. Tateamos, sonâmbulos, nessa interminável noite de insônia. Calam-se as filosofias, confinadas aos limites da linguagem; desaparecem as utopias, travestidas no mesquinho desejo de poder e posse de refinados objetos; enquanto as religiões cedem às exigências do mercado e oferecem o lúdico a quem busca luz, sem abrir as portas que nos conduzam à inefável experiência de Deus.

"E agora, José?” Agora, é mudar o Natal e nós próprios. Evitar o Papai Noel consumista em cores de Coca-Cola e procurar o brilho da estrela em nossas inquietações mais profundas. Descobrir a presença do Menino em nosso coração. E, como sugeriu Jesus a Nicodemos, ousar renascer em gestos de carinho e justiça, solidariedade e alegria.

Em vez de dar presentes, fazer-se presente lá onde reina a ausência: de afeto, saúde, liberdade, direitos. Dobrar os joelhos junto à manjedoura que abriga tantos excluídos, imagens vivas do Menino de Belém.

Feliz Natal, Brasil! Queira Deus que o Herodes que nos habita ceda lugar aos magos que acreditam na estrela e oferecem ao milagre da vida o melhor de si.”



Frei Beto

Beleza Interior X Futilidade






Os homens se tornariam maiores
apreciadores da beleza interior,

se certas mulheres cuidassem 

mais da mente e do espírito

do que cuidam do corpo delas.

Toda ação gera uma reação.
Se tudo que tais mulheres fazem é 
trocar leitura por academia,
meditação por dieta,
 filantropia por cirurgia plástica,
noticiário pelas roupas da moda,
espiritualidade por cosméticos,
Enfim: se tudo que fazem é para 
demonstrar a beleza do CORPO,
como podem reclamar que os 
homens não valorizam
seus sentimentos e 
o que elas realmente são?


Augusto Branco

segunda-feira, dezembro 24, 2012

Crônica: O Natal é Um Saco


Embora seja cristão, não tenho muita paciência pra glamourizar o natal e motivos não me faltam, senão vejamos:

O natal é derivado de uma festa pagã chamada saturnália, em homenagem ao deus saturno, e durava uma semana que ia de 17 a 24 de dezembro, era o solstício de inverno, o fim de um ciclo agrícola e os romanos oravam ao deus saturno para que o inverno fosse brando e a primavera logo voltasse, favorecendo a colheita. Na saturnália as pessoas trocravam presentes e uma pessoa era vestida toda de vermelho e usava uma máscara de um velho barbudo representando o deus saturno, o "deus-sol", o "deus invencível".

O natal só passou a ser comemorado no século IV quando o imperador Constantino se converteu e tornou o cristianismo a religião oficial do Império Romano no ano 313. Para converter os romanos idólatras a Igreja Romana passou a comemorar o dia 25 de dezembro como o nascimento de Jesus, absorvendo a tradição da saturnália e transformando-a numa festa cristã.

Conforme os evangelhos quando Jesus nasceu "havia pastores vivendo ao ar livre e mantendo à noite vigílias sobre seus rebanhos" (Lucas 2:8-12). E que os reis magos se orientaram por uma "estrela no céu" (Mateus 2:9) para localizar o menino Jesus. Ora, o mês de dezembro é onde se registram as mais baixas temperaturas, o mês das chuvas e nevascas em Belém na Judéia. Parece pouco provável que Jesus tenha nascido sequer em dezembro.

Acho irritante esse clima de solidariedade forçada que existe no natal. sobretudo nas confraternizações de fim de ano. O cara passa o ano inteiro querendo te passar a perna no serviço e,  de repente, por conta do natal, se transforma no teu melhor amigo, sem falar na troca de presentes chamada "amigo oculto" em que você sempre é sacaneado pois se preocupa em dar um bom presente e acaba, invariavelmente, recebendo um presente muito do ordinário.  A solidariedade, a caridade, tem que ser espontânea, o ano todo e não só no natal.

Quer se irritar? Vá ao shoping fazer compras no natal. Aquela decoração brega que mistura verde com vermelho. As filas intermináveis, os engarrafamentos no trânsito, e aquele cd da simone que fica tocando sem parar? E a neve falsa, e as renas? Gente eu sou nordestino aqui não neva não, aqui não tem renas, porque nós somos obrigados a aceitar uma cultura que não é nossa?

Mas o natal é uma festa da família, é o que alegam por aí. Família? que passa o ano inteiro sem se falar direito, falando mal um do outro, sem sequer visitar o outro? E no natal tem que se reunir e fingir que é uma família feliz? Isso, pra mim não é família, não é natal, isso pra mim é hipocrisia. E os que moram na rua? E os que não tem família? E e os que perderam entes queridos nesse dia? E os que estão num leito de hospital? E os que estão nos presídios? e os que não tem nem o que jantar neste dia? Será que pra eles o natal é essa festa toda?

Natal, é um símbolo, eu sei, mas a verdadeira razão do natal é esquecido: nosso amado mestre Jesus, a Luz do mundo, O Rei dos reis, nosso salvador, nosso modelo, nosso exemplo a ser seguido. O grande motivo da celebração natalina é Jesus, não é o papai noel, não são os presentes, não é o peru, não é a ceia é Jesus e a sua mensagem viva de amor e de perdão.

Feliz natal Jesus. Papai Noel, para de me encher o saco seu gordo!


Raimundo Freire. 



quarta-feira, dezembro 19, 2012

Sugestão de Leitura: Padre Cícero - Poder, Fé e Guerra no Sertão



Acabei de ler e recomendo o livro Padre Cícero - Poder, Fé e Guerra no Sertão, de Lira Neto, publicado pela editora Companhia Das Letras. São deliciosas 532 páginas que narram a saga do mais controvertido líder religioso que o Brasil já teve: o padre cearense Cícero Romão Batista, o Padim Çiço dos romeiros e fiéis.

O livro revela a infância pobre, a ordenação como padre no seminário da Prainha em Fortaleza (Av. Monsenhor Tabosa), os supostos milagres, os conflitos com o bispado cearense que alcançaram o Vaticano e culminaram com seu afastamento da Igreja Católica.

Fenômeno popular e político, 75 anos após sua morte, o Padre Cícero, segue levando milhões de devotos ao alto da colina do Horto, em Juazeiro do Norte no Ceará,  a Meca Sertaneja, cidade fundada e emancipada por ele, que foi seu primeiro prefeito e reeleito por 04 mandatos, além de ter sido eleito deputado federal pelo Ceará com 97% dos votos, chegando a ocupar, por duas vezes o cargo de Vice-Presidente (equivalente hoje a Vice- Governador) do Ceará.

Baseado em vasta documentação, Lira Neto explora facetas pouco conhecidas do padre, alguém que soube se reeiventar depois da expulsão da Igreja Católica e que se transformou em líder político igualmente influente e polêmico. Chegou a abençoar um exército de jagunços, numa revolução armada que derrubou o governador do Ceará; aproximou-se de Virgulino Ferreira da Silva - O Lampião, de quem buscava apoio para combater a Coluna Prestes; arquitetou um pacto histórico entre os coronéis sertanejos, que apaziguou a região e fez de juazeiro o centro político das aristocracias rurais do Ceará.

No momento atual em que a Igreja Católica se vê acuada pelo avanço da igreja evangélica, o Vaticano estuda a reabilitação canônica do padre cícero já que fora por ela excomungado, proscrito.

O livro é uma verdadeira aula de história e geografia do brasil, em especial do sertão cearense e pernambucano. Apenas o melhor livro que li este ano.


Raimundo Freire.


segunda-feira, dezembro 17, 2012

É na Escuta Que o Amor Começa. E é na Não-Escuta Que Ele Termina



O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: "Se eu eu fosse você...". A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. É na escuta que o amor começa. E é na não-escuta que ele termina.

Não aprendi isso nos livros. Aprendi prestando atenção. Todos reunidos alegremente no restaurante: pai, mãe, filhos, falatório alegre. Na cabeceira, a avó, com sua cabeça branca. Silenciosa. Como se não existisse. Não é por não ter o que dizer que não falava. Não falava por não ter quem quisesse ouvir. O silêncio dos velhos.

No tempo de Freud as pessoas procuravam os terapeutas para se curarem da dor das repressões sexuais. Aprendi que hoje as pessoas procuram os terapeutas por causa da dor de não haver que as escute. Não pedem para serem curadas de alguma doença. Pedem para ser escutadas. Querem a cura para a dor da solidão.


Rubem Alves, in "Se eu fosse você" (Livro: O Amor que Ascende a Lua).


sexta-feira, dezembro 14, 2012

Crônica: Eu Sou Eu, Você é Você.



Eu sou eu, você é você. Essa frase que à primeira vista se nos parece ridicularmente óbvia, pertence a um poema do psiquiatra e psicoterapeuta alemão Fritz Perls (1893-1970),  criador da terapia conhecida como Gestalt, encerra em si um axioma profundamente filosófico e libertador.

Fico imaginando quantos relacionamentos acabaram pelo simples fato dos casais não saberem essa fundamental diferença: que eu sou eu, uma individualidade, um ser humano com gostos e vontades próprios, com defeitos e qualidades. Essa história de "metade da laranja" é uma enganação. Embora seja um casal, cada um tem a sua individualidade, o seu espaço particular, o seu "mundinho" inviolável.

Você já se perguntou que sou eu? Eu me aceito como sou? Quais são as minhas qualidades? Quais são os meus defeitos? quais são as  meus limites? Eu me aceito como sou? Eu sou responsável pelo que faço, pelo que digo, pelo que penso? Eu mando em mim? Enfim, você se conhece? Pode bater no peito e dizer eu sou eu?

Por outro lado e a pessoa que convive com você? Voce o reconhece como indivualidade? Você o aceita como ele é? Você o reconhece como alguém diferente de você com preferências próprias? Você aceita que o "outro" não é obrigado a pensar como  você pensa e nem a gostar do que você gosta? Você aceita e compreende outro como ela é, ou fica forçando a barra para que ele seja como você gostaria que ela fosse?

É justamente a falta dessa distinção entre o "eu" e "você", entre o teu espaço e o meu espaço, que causa as brigas e as separações. Sim, porque ninguém vai ser feliz se anulando (deixando de fazer o que realmente gostaria de fazer) para satisfazer a vontade do outro. Da mesma forma, você não vai querer uma pessoa do seu lado que só faz o que você quer, que se anula e se frusta a cada dia, que morre por dentro por não ser quem realmente gostaria de ser.

É comum, no início da relação que a pessoa faça tudo para agradar o outro e, em grande parte, acaba fazendo coisas que não gostaria, ou seja, não gosta mas faz só parar agradar. Tem mulher, e homem também, que fica advinhando as necessidades do outro só para satisfazê-las. Acontece que quem dá tudo de si em uma relação acaba esperando que o outro faça o mesmo, o que nem sempre acontece, o que resulta em frustação e sofrimento.

"Mô eu gosto de mulher de cabelo curto", aí a trouxa vai no salão correndo e taca tesoura no pixaim. "Mô eu gosto de homem sem barriga, e lá vai o gordinho se acabar de correr na litorânea. Enfim, essas e outras situações corriqueiras que você, em prol da relação, acaba cedendo aos poucos e logo, logo, de tanto ceder vai acabar nem reconhecendo mais quem é e do que gosta. Cada passo do cara é baseado no que ela gosta, no que ela quer. E tudo que a mulher faz, faz com aquele pensamento na cabeça: será que ele vai gostar? Logo você vai se pegar perguntando: quem sou eu?

Quem te ama, quem te quer de verdade, te ama do jeito que você é, com seus defeitos, com suas manias. Não fica tentando te mudar, querendo que você seja uma pessoa que você não é. Quem quer te mudar, não te aceita como você é, ela ama uma imagem de você. Uma idealização de como ela gostaria que você fosse. E você não é uma imagem, uma idéia que nasceu na cabeça de alguém, você é você.

Perls pregava que "você não veio a esse mundo para satisfazer as expectativas de ninguém e ninguém veio ao mundo para satisfazer as tuas expectativas". Então seja honesto consigo mesmo, porque ninguém consegue sufocar suas verdadeiras vontades, seus verdadeiros sentimentos.

Deixe de fazer o que você realmente gosta para agradar o outro e você vai se transformar, aos poucos, em uma bomba-relógio pronta pra explodir, pronta pra colocar pra fora toda a sua frustação por não ter sido quem você realmente é. E todo sacrifício que você fez pra manter a relação, vai ser justamente o motivo que vai acabar com ela.

Seja feliz, não se anule, não abra mão de você mesmo, do seu verdadeiro eu. Você não pode ser feliz sem você. Se a pessoa não te ama, não te aceita, não te respeita, ok, agradeça e siga em frente; o importante é que você se aceite, se ame, se respeite. Quando você entender e praticar essa auto-aceitação, você vai encontrar um alguém melhor e capaz de te enxergar exatamente como você é.


Raimundo Freire.




terça-feira, dezembro 11, 2012

Sugestão de Leitura: Não Há Dia Fácil



Acabei de ler, e recomendo, o livro Não Há Dia Fácil, do norte-americano Matt Bissonnette que utilizou da alcunha de Mark Owen, ex fuzileiro naval e um dos líderes dos grupo de elite Seal (Sea, Air, Land) da marinha norte-americana, que planejou e executou a operação Lança de Netuno, no dia 1º de maio de 2011, em Abbottabad no Paquistão e que resultou na morte do terrorista e líder máximo da Al Quaeda, Osama Bin Laden.

O livro relata o brutal treinamento a que são submetidos os fuzileiros navais que pretendem ser um Seal, a elite da elite das forças especiais norte-americanas, superior inclusive ao Comando Delta e aos Boinas Verdes, tanto que foram eles os escolhidos para a maior operação da história dos Estados Unidos: a operação Lança de Netuno.

O livro detalha todo o planejamento e exucação da operação e revela que foi construida na califórnia uma maquete em tamanho original da mansão de Bin Laden, só para eles fazerem o treinamento. Dos mais de 2.750 seal's existentes nos EUA foram escolhidos, a ponta de de dedo, apenas os 24 melhores e mais experientes, fazendo 04 equipes de 06 homens o chamado Seal Team Six (ST6).

Também são revelados os detalhes, mapas, equipamentos e aeronaves utilizados na operação, bem como a preocupação com a documentação da operação que foi fotografada, filmada e transmitida em tempo real para a Casa Branca. Além do corpo de Bin Laden os seals também recolheram pen drives, computadores e o DNA do terrorista que na operação recebeu o nome de Jerônimo.

O livro não confirma se o corpo de Bin Laden foi jogado ao mar, conforme a versão oficial, mas isso com certeza será tema para um outro livro.


Raimundo Freire.

segunda-feira, dezembro 10, 2012

Crônica: Mulheres Não Precisam de Um "Cara", Mulheres Precisam de um Homem



A música "Esse Cara Sou Eu" do nosso querido cantor romântico Roberto Carlos tem feito grande sucesso em todo o país. O que não é nenhuma novidade em se tratando do Rei que já vendeu mais de um milhão de cópias do disco novo, só no ITunes, além da repercussão diária na novelinha chata e alienante da Globo.

Fico imaginando quantas mulheres deixam de ser felizes por ficarem a vida toda esperando esse príncipe encantado que nunca chega, quantos caras legais ela deixou passar, homens de verdade de carne e osso, com defeitos e qualidades, assim como qualquer mulher, que não nasceu perfeita, mas plenamente capaz de compartilhar uma vida a dois interessante e produtiva.

Qualquer psicólogo iniciante é capaz de identicar nessa música um homem infantil, dependente, carente, imaturo. O "cara" retratado na canção é um ser totalmente dependente da parceira pra ser feliz, sua existência depende dela, ele não basta a si mesmo, não é o reponsável pela própria felicidade, mas parece um menino mimado dependente da mãe pra tudo.

"O cara que pensa em você em toda hora, que conta os segundos se você demora, que está o tempo todo querendo te ver", sabe o que isso significa? Que esse grude não vai nem trabalhar direito, não vai se concentrar pensando em você o tempo todo, vai acabar despedido do emprego e você vai ter que sustentar esse mala.

Ora, se ele conta os segundos pra ter ver significa que se você se atrasar um minuto sequer vai ter que responder a uma avalanche de perguntas pra justificar o atraso, é aquele típico babaca que vai te fuzilar de questionamentos se você não atender ao celular toda vez que ele ligar, ele não vai considerar que você tem sua vida própria, seu trabalho, sua família e que precisa de espaço pra respirar, senão vai sufocar e abusar da cara dele.

O que é pior, ele vai exigir que você seja tão dependente quanto ele e que satisfaça as necesidades dele. Não me admira que tantos casamentos dão errado, quem consegue suportar uma relação doentia a esse ponto? O que uma mulher pode esperar de alguém que se auto denomina de o "o cara"?

O cara que "No meio da noite te chama pra dizer que te ama", pelo amor de Deus vai perseguir o cão e me deixa dormir seu "cara" eu tenho que acordar cedo pra trabalhar... é o que qualquer mulher sensata diria. Já imaginou ser acordada de madrugada e o "cara" com um bafo de onça e a cara toda amassada pra te chamar de "mô"? Me poupe, como diria uma amiga minha "Já que me acordou agora vai ter que me comer".

De que adianta o "cara" passar o dia todo repetindo que te ama e você não poder contar com ele na hora que mais precisar? Na prática, o amor  muito mais mais que palavras, são atitudes diárias de companheirismo, de compreensão e  de respeito.

Você aí que pretende ser o "cara" de alguma mulher, lhe faça um poema, mas antes a compreenda quando ela estiver na tpm. Ofereça flores, mas antes a faça se sentir protegida. Lhe ofereça um jantar romântico, mas antes faça ela sentir bela, desejada. Escreva cartas de amor, diga que a ama, mas antes faça ela se sentir amada. Abra a porta do carro, mas antes seja gentil com ela no dia-a-dia, não grite, não seja grosseiro.

Admita seus defeitos, peça perdão, não diga que ela é a melhor, diga que ela é a única. E o principal, não seja um babaca inseguro, grudento e dependente como o da música.  Mulheres não precisam de um "cara", mulheres precisam de um homem com H maiúsculo.


Raimundo Freire.

sexta-feira, dezembro 07, 2012

Voar - Leonardo Boff



Passamos uma vida presos 
Qual pássaros em suas gaiolas! 
Medo de amar! 
Medo de olhar a vida de frente! 
E naquele pequeno espaço, 
Cantamos nossas dores e sonhos! 
Muitas vezes se abrem 
As portas de nossas gaiolas 
Mas permanecemos ali 
Acostumados... 
Encolhidos... 
Nas nossas vontades e sonhos! 
Não tenhamos dúvidas! 
À primeira oportunidade 
Devemos alçar 
O vôo dos falcões! 
Calmo 
Confiante 
Determinado 
Amar sem medo! 
Brincar um pouco com a vida! 
Não ter medo dos rochedos! 
E sobre eles 
Estender nossas asas 
Corajosas de falcões! 
E sair em busca 
De nossos sonhos! 
Como o Condor... 
Tentar enxergar 
As pequeninas coisas à nossa volta 
E saber apreciá-las! 
Dando um sentido novo 
À nossa vida! 
Não sermos como pássaros de gaiolas, 
Mas, Falcões e Condores do céu! 
A cada dia existe 
Uma renovação constante 
E nunca um dia 
Será como o outro... 
Não há dores eternas! 
Não há lágrimas eternas! 
Não há perdas eternas! 
Há sorrisos esperando-nos... 
Dias de sol 
O abraço dos amigos, dos filhos. 
E tantos sonhos lindos! 
Um amor nos espera 
Para voar... voar... voar... 
Porque a vida 
É um recomeçar diário 
De um vôo! 
E gaiolas 
não foram feitas 
Para pássaros 
Tampouco para Falcões!



Leonardo Boff

quinta-feira, dezembro 06, 2012

Poesia em Prosa: A Maior Solidão.



A maior solidão é a do ser que não ama.
A maior solidão é dor do ser que se ausenta.
Que se defende, que se fecha,
Que se recusa a participar da vida humana.

A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo,
No absoluto de si mesmo.
O que não dá a quem pede,
O que ele pode dar de amor,
De amizade de socorro.

O maior solitário é o que tem medo de amar,
O que tem medo de ferir e ferir-se.
O ser casto da mulher, de amigo, do povo, do mundo.
Ele é a angústia do mundo que o reflete.

Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção;
As que são o patrimônio de todos, e,
Encerrado em seu duro privilégio,
Semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.


Vinícius de Moraes


quarta-feira, dezembro 05, 2012

As Regras de Ouro de Bill Gates




Conta-se que Bill Gates fora convidado para ministrar a aula inaugural em uma faculdade. Ao chegar sua vez de se pronunciar, ele leu esse pequeno discurso de sua autoria, em apenas 05 minutos, e foi aplaudido de pé por mais de 10 minutos:


  1. A vida não é fácil, acostume-se com isso;
  2. O mundo não está preocupado com sua auto-estima. O mundo espera que você faça algo de útil por ele, antes de sentir-se bem com você mesmo;
  1. Você não ganhará R$ 20.000,00 reais por mês assim que sair da escola. Você não será presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição antes que tenha comprado seu próprio carro e telefone;
  2. Se você acha seu professor rude, espere até ter um chefe. Ele não terá pena de você;
  3. Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo de sua posição social. Seus avós tem uma palavra diferente para isso, eles a chamam de oportunidade;
  4. Se você fracassar, não é culpa de seus pais. Então não lamente seus erros e aprenda com eles;
  5. Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora. Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são "ridículos". Antes de querer salvar o planeta, tente limpar seu próprio quarto;
  6. Sua escola pode ter eliminado a distinção entre perdedores e vencedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas você não repete mais de ano. Isso não se parece nada com a vida real. Se pisar na bola, está despedido. Rua!!! faça o certo na primeira vez;
  7. A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que os outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no final de cada período;
  8. Televisão não é vida real. Na vida real as pessoas tem que deixar o barzinho e as baladas e ir trabalhar;
  9. Seja legal com os  CDF's (aqueles estudantes que os demais julgam que são uns babacas). Existe uma grande probabilidade de você ir trabalhar para um deles.


Raimundo Freire.

quinta-feira, novembro 29, 2012

Milagres do Fotoshop








Poesia: Soneto XCIX



À ousada violeta, eu disse: Onde roubaste,
Suave ladra, essa cor que a face te purpura,
Senão do meu amor nas veias? Onde achaste,
Senão no hálito dele, essa fragância pura?

A manjerona e o lírio acusei de roubado
Terem-te, um, o cabelo, e o outro, a mão venusta.
Das belas rosas que entre espinhos pôs o fado,
Uma cora de pejo, alveja outra, que assusta.

Branco-vermelha, eis, inda, outra rosa que tinha
De ti o hálito e a cor, e andava isso alardeando.
Veio um pulgão, porém, e o orgulho de rainha

Vingativo lhe esfez, a vida lhe tirando.
Mais flores observei, mas todas, em verdade
Roubaram a tua graça e a tua suavidade.


William Shakespeare

quarta-feira, novembro 28, 2012

Poesia em Prosa: Momento Mágico (ou A Poesia Assustadora).



Culta e bela, quase carioca
Íntima das freudianas ilações
Hábil fotógrafa das européias arquiteturas
Suave companhia ao pôr do sol
Jovial presença que transforma
Uma simples caminhada
Em um dia especial, uma tarde especial
Coroada por um esplendoroso luar, único.
A bossa nova de tuas encantadoras palavras
Aquele idílio gostoso que nos faz esquecer
A distância percorrida, lado a lado
Que nos desidrata, mas que nos recompensa
Com o néctar sagrado do litoral nordestino.
Marco Zero de uma jornada
Que não se sabe aonde vai dar
Mas, que teve gosto de quero mais um muito
Apesar da minha indisfarçável timidez
E do nervosismo que te fez falar o tempo todo
Sobrou o arrependimento do beijo que não roubamos.
As cientistas comportamentais deviam ser poetisas, como você,
Que viu uma estrada amarela lebloniana
Que começava à beira-mar
E terminava aos pés da invejosa lua
Que tentava, em vão, roubar
O brilho daquele momento mágico...
Tive vontade de fazer como os cariocas
E aplaudir de pé, decretando,
Quero tudo de novo, de novo, e de tudo.


Raimundo Freire.




terça-feira, novembro 27, 2012

Sugestão de Leitura: Doidas e Santas - Martha Medeiros



Acabei de ler, e recomendo, mais um livro de crônicas da Martha Medeiros: Doidas e Santas, editado pela L&PM Editores, 31ª edição. A bem da verdade, confesso que os livros de crônicas me seduzem e nunca os acabo de ler, melhor, fico sempre relendo-os porque são marvilhosos e poéticos retratos do nosso cotidiano. É como aquela doce namorada que você quer beijar todo dia e não consegue deixá-la de lado por nada.

Martha Medeiros, poetisa, cronista, romancista, conquistou o Brasil com seus textos, publicados em jornais de repercussão nacional, sites e livros que se transformaram best-sellers. Doidas  e Santas reúne crônicas que falam direto ao coração de seus leitores.

Nelas Martha expões os anseios de sua geração e de sua época, tornando-se uma das vozes mais importantes entre as recentementes surgidas no cenário nacional. As alegrias e as desilusões, os dramas e as delícias da vida adulta, as neuroses da vida urbana, o prazer que se esconde no dia a dia, o poder transformador do afeto, enfim, o cotidiano de cada um de nós tornou-se o principal tema dessa gaúcha que, além de gata, escreve para os jornais Zero Hora e o Globo. É mole ou quer mais?

Raimundo Freire.

segunda-feira, novembro 26, 2012

O Homem e a Mulher



O Homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono; para a mulher fez um altar.
O trono exalta e o altar santifica.
O homem é o cérebro, a mulher o coração.
O cérebro produz a luz, o coração produz amor.
A luz fecunda, o amor ressucita.
O homem é o gênio; a mulher, o anjo.
O gênio é imensurável, o anjo é indefinível.
A aspirção do homem é a suprema glória; a aspiração da mulher é a virtude.
A glória produz a grandeza e a virtude, a divindade.
O homem tem a supremacia e a mulher a preferência.
A supremacia significa a força, a preferência representa o direito.
O homem é forte pela razão, a mulher ivencível pelas lágrimas.
A razão convence e as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece e o martírio purifica.
O homem pensa e a mulher sonha.
Pensar é ter uma larva no cérebro;
Sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é a aguia que voa, a mulher o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço e cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra;
A mulher, onde começa o céu.


Vitor Hugo

quarta-feira, novembro 21, 2012

Minutos de Sabedoria



Tenha equilíbrio e alegria.
Saiba ser reconhecido.
Procure ser humilde.
Não lance pedras a quem o beneficiou.
Não se julgue diminuído quando o ajudarem.
Saiba agradecer.
Quebre seu orgulho e receba com gratidão o auxílio que lhe derem.
E jamais esquela o benefício nem o benfeitor.
O pior dos defeitos é a ingratidão, que despreza e apedreja hoje quem nos beneficiou ontem.


Carlos Torres Pastorino. 

terça-feira, novembro 20, 2012

Sugestão de Leitura: Com O Amor Não se Brinca - Mônica de Castro




Acabei de ler, e recomendo, o livro Com O Amor Não se Brinca de Mônica de Castro/Leonel, da editora Espaço Vida e Consciência, que narra as aventuras e desventuras de um triângulo amoroso formado por Júlia e os irmãos gêmeos Fausto e Rodolfo. Enquanto Fausto era gentil, justo e elegante Rodolfo era grosseiro, mau caráter, vingativo e tratava os escravos como se fossem animais... Ambos se apaixonam por Júlia.

A história se passa no em uma fazenda no interior do Brasil à epoca da escravidão. Embora houvessem pessoas como Júlia, Camila, Marta e Fausto que tratavam os seus escravos como iguais e os mantinham, inclusive, fora das senzalas, haviam pessoas como Palmira, mãe de Fausto e Rodolfo, assim como seu sobrinho Túlio, que consideravam que os escravos não eram gente. Por conta disso, eram comuns os estupros, açoites e até homicídios contra os escravos, que ficavam impunes e nem sequer eram investigados, pelo simples fato de serem cometidos por pessoas brancas.

Há ainda romances coadjuvantes na história como o amor de Dário por Sara e o amor do escravo Trajano pela escrava Etelvina. Além da emocionante história do amor incondicional de Marta pelo crápula do Rodolfo. Todavia o foco do romance gira em torno da inveja, do ciúme e do ódio de Rodolfo por seu irmão gêmeo Fausto. Rodolfo faz mil tramas para roubar Júlia de Fausto, não porque ama Júlia, mas por competição, porque não admite perder para o irmão e não deseja vê-lo feliz. No entanto, o amor vai mostrar quem fala mais alto.


Raimundo Freire.


quarta-feira, novembro 14, 2012

Crônica: Absolvendo o Amor - Parte II



Uma mulher ama profundamente um homem e é por ele amada da mesma forma, os dois dormem embolados e se gostam de uma maneira quase indecente, de tão certo que dá a relação. Tudo funciona, como um relógio que ora atrasa, ora adianta, mas não para, um tiquetaque excitante que ela não divulga para as amigas, não espalha, adivinhe por quê: culpa.

Morre de culpa desse amor que funciona, desse amor que é desacreditado em matérias de jornal e em pesquisas, desse amor que deram como morto e enterrado, mas que na casa dela vive cheio de gás e que ameaça ser eterno.

Culpa, a pobre mulher sente, e mais: sente medo. Nem sabe de que, mas sente. Medo de não merecê-lo, medo de perdê-lo, medo do dia seguinte, medo das estatísticas, medo dos exemplos de outras mulheres. O fato é que essa criatura feliz e apaixonada é ao mesmo tempo infeliz e temerosa porque teve a sorte de ser premiada com aquilo que tanta gente busca e pouco encontra: o tal amor como se sonha.

Uma mulher infeliz por ter amor de menos, outra, infeliz por ter amor demais, e o amor injustamente crucificado por ambas. Coitado do amor, é sempre acusado de provocar dor, quando deveria ser reverenciado simplesmente por ter acontecido em nossa vida, mesmo que sua passagem tenha sido breve.

E se não foi, se permaneceu em nossa vida, aí e o luxo supremo. Qualquer amor merece nossa total indulgência, porque quem costuma estragar tudo, caríssimos, não é ele, somos nós.


Medeiros, Marta. Doidas e Santas. 31ed - Porto Alegre, RS: L&PM. 2012.

terça-feira, novembro 13, 2012

Os Filmes Mais Assistidos no Brasil (01 a 15 de Novembro)


1º. 007 - Operação Skyfall;


2º. Gonzaga - De Pai Para Filho;


3º. Até Que A Sorte Nos Separe;


4º. Possessão;


5º. Atividade Paranormal 4;



6º. Frankenwennie;


7º. O Mar Não Está Pra Peixe 2;


8º. Hotel Transilvânia;


9º. Três Histórias, Um Destino;


10º. Diário de Um Banana 3.





Postagem em destaque

Esteja Com Alguém Assim

Que acredite nos teus sonhos e projetos, Quem não acredita nos teus sonhos, Não é digno de subir a bordo deles... Que já esteja de malas pro...

Postagens Mais Visitadas