O livro "Por Uma Vida Melhor", da coleção "Viver, Aprender" de autoria da imbecil professora Heloísa Campos e, pasmem, distribuído pelo MEC - Ministério da Educação e Cultura aos alunos do ensino fundamental das escolas públicas, considera aceitável erros de concordância como, por exemplo, "nós pega o peixe", desde que expressos em linguagem verbal.
Ora, a idéia que que erros gramaticais podem ser aceitos na linguagem falada equivale a se ensinar matemática e permitir que se fale que dois mais dois é cinco, desde que se escreva o correto: que dois mais dois é quatro. É por demais óbvio que o ensino do português não é uma ciência exata, mas possui regras que a embelezam e a tornam tão rica e diversificada.
O mais grave é que tal pérola da lingua portuguesa está sendo distribuído para toda a rede pública de ensino fundamental, ou seja, são aproximadamente 500.000 brasileirinhos que estão indo a escola para aprender que o errado está certo, desde que pronunciado. Logicamente as escolas particulares, que presam pela qualidade de ensino, não aceitaram e nem adotaram tal disparate. Resumindo, o MEC deu um jeito de aumentar ainda mais a já astronômica distância entre o aluno da escola pública e o aluno da escola particular.
Por que se vai à escola? Para aprender é a resposta natural. Então p'ra que ir a escola se lá você vai desaprender? Qual o objetivo do MEC? formar uma legião de alienados sem a menor oportunidade de chegar à Universidade? Negar a milhares de alunos a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho? Formar cidadãos incompletos, de segunda categoria? Você colocaria seu filho em uma escola p'ra ver ele chegar em casa e dizer: "Mãe, os pessoal falou"?
Alguém duvida que este meio milhão de alunos está ingressando em uma "idade das trevas" instiucionalizado? O Ex-ministro da educação Cristóvão Buarque foi muito feliz quando definiu essa situação como um verdadeiro "apartheid linguístico", ou seja, de um lado os alunos da escola particular, ricos e bem instruídos do outro os alunos da rede pública, pobres e alienados.
Falar correto é um primeiro passo para se escrever corretamente. O que o MEC quer é permitir que se fale errado, desde que se escreva correto. Esqueceram-se que o escrever é um complemento natural do falar, se uma criança é condicionada a falar errado, como exigir que ela escreva correto? O pensar-falar-escrever é um processo interdependente, não pode ser dissociado. O falar e o escrever jamais serão vizinhos que não se falam.
A língua é um elemento de unificação nacional, é através dela que nos reconhecemos como nação. É a língua portuguesa que nos permite dizer esse é brasileiro, aquele é argentino. Por favor não utilizem a língua para separar, ainda mais, as pessoas neste país. Não separem nossa nação entre duas classes de cidadãos: a dos que falam corretamente e terão oportunidades de ascenção social e a dos que não merecem falar corretamente, porque o governo os alienou dizendo que o errado está certo.
Não bastasse o prejuízo cultural, ainda resta o prejuízo econômico ao país, ou alguém ignora que foram gastos milhares e milhares de reais para a produção, confecção e distribuição desse lixo material didático? Qual o objetivo dessa campanha governamental de emburrecer a juventude desse país? Por que permitir que o aluno fale como Lula e exigir que ele escreva como Carlos Drumond de Andrade?
O ano passado 80% da população do país não leu um livro sequer e agora o governo federal ainda quer incluir livros que ensinam o errado? Acho que o objetivo é alienar ainda mais os eleitores, ganhar a eleição, bater no peito e dizer "é nóis companheiro".
Um abraço de Paz e Luz!
Raimundo Freire.
Sr. Raimundo Freire, como professora da UFMA, gostaria de externar meu abraço ao Senhor e a seu texto. Esse livro é uma excrescência na pedagogia nacional, um absurdo com consequências funestas a médio e longo prazo,não só para a educação mas para todo o arcabouço econômico e cultural do Brasil. Como educadora jamais pensei em pronunciar esse tipo de enunciado: esse é um livro DESNECESSÁRIO!!!!
ResponderExcluirAcredito que a professora que escreveu o livro foi mal interpretada, o que ela quer é que as pessoas que falam errado na linguagem coloquial não sejam discriminadas porquanto dessa forma de se expressar,ela não desfez nehuma regra gramatical, todas continuam valendo.
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