segunda-feira, janeiro 17, 2011

Os Homens Preferem As Mulheres Que se Aceitam

Introdução Uma amiga virtual minha confessou-me n’uma conversa informal que não se aceitava, ou melhor, que tinha dificuldade de se aceitar como era; que por conta disso já se vira envolvida nos braços da depressão. Prometi a ela que pesquisaria sobre o assunto e que faria um “post” a esse respeito. Promessa feia, promessa cumprida, foi com muito carinho e dedicação que escrevi esse texto, que além de ser uma temática que gosto muito, a Psicologia, diz respeito a um problema gravíssimo acerca da “psiquê” humana, qual seja a não-aceitação, senão vejamos: Mas, o que seria a auto-aceitação? Auto-aceitação, à luz da Psicologia, significa ter consciência da pessoa que você é, com todas as suas qualidades e todas os seus defeitos e limitações. Significa ter um auto-conhecimento de si mesmo. Auto-aceitação significa concordar, consentir, ter como certo que você apresenta características positivas e negativas e que elas fazem parte da sua pessoa, quer você goste ou não. O psicólogo Saikazen Sakurai, em seu livro “Em Busca da Excelência”, nos ensina que: “Auto-aceitação implica uma atitude de afeto, de boa vontade consigo mesmo, apesar da evidência das características que conscientemente você não gosta em você. Isso pode ser possível se você tomar consciência de todas as qualidades que você possui e dos quais se orgulha e lhe dão a certeza de que você tem valor, apesar de algumas características de que você não gosta em si mesmo. Se você não se aceitar do jeito que você é, sua auto-estima estará comprometida”. Entenda-se auto-estima como a imagem que você tem de si mesmo. É a sua reputação vista por seus próprios olhos. É o que você pensa e sente sobre si mesmo. A qualidade da auto-estima depende de você. Depende a aceitação, da confiança e do respeito que você tem por si mesmo. Conseqüências Graves da Não-aceitação Normalmente, nos casos mais brandos de dificuldade de auto-aceitação, podemos não aceitar apenas alguns aspectos de nossa personalidade que não gostamos ou não toleramos em nós mesmos. Porém, mantemos o sentimento de afeto e de aprovação por nossa pessoa, um sentimento de egoísmo no sentido mais nobre. Nos casos mais profundos de falta de auto-aceitação, com uma intensa rejeição da pessoa que se é, podem resultar na anulação total da auto-estima, podendo nos levar a um sentimento extremo de anulação do próprio amor à vida, a pessoa passa literalmente a odiar-se, o que pode desembocar em casos de depressão e, até,mesmo de suicídio em casos extremos. A auto-aceitação envolve uma atitude de auto-reponsabilidade. Isso significa que temos plena consciência de que somos os principais responsáveis pelas coisas que acontecem em nossas vidas e que somos responsáveis pelas escolhas que fazemos e que moldam a pessoa que somos e podemos ser. Quando a pessoa não se tolera, ou mais do que isso, quando ela se odeia e se recrimina, realmente, torna-se difícil a auto-aceitação. É a mesma dificuldade de se lidar com uma pessoa que odiamos e da qual temos ressentimentos. Nesses casos, procuramos evitar e se afastar desta pessoa, para não sentirmos as sensações negativas que temos ao estar em sua presença. Porém, quando esse sentimento de rejeição e de ódio se volta contra nós mesmos, não podemos nos afastar nem ignorar a nós mesmos, já que estamos umbilicalmente conectados, independente de nossa própria vontade. Então, a única alternativa que nos resta é enfrentar o problema de frente e procurar fazer as pazes e viver amigavelmente com esta parte de nós que não gostamos nem toleramos. Análise Transacional A Análise Transacional (1), método psicológico criado em 1958 pelo psiquiatra canadense Éric Berne, aborda o amor de modo científico, acredita que temos dentro de nós, uma criança interior e um pai ou uma mãe interior. Na verdade podemos ter várias partes distintas que foram se formando durante nossa vida, principalmente em decorrência de experiências de grande intensidade emocional, seja positiva ou negativa e que moldam a pessoa que somos no presente. Compreender a existência de cada uma dessas partes e saber conviver harmoniosamente com todas elas é a chave para a auto-aceitação e, conseqüentemente, para uma auto-estima elevada. Quando nos tornamos adultos, significa que atingimos o máximo de crescimento físico e o ápice de nosso desenvolvimento sexual. Tudo isso acontece por volta dos 21 anos. Porém, tornar-se adulto não significa que atingimos o máximo de crescimento mental e emocional. Na verdade, aos 21 anos, estamos física e sexualmente adultos, porém, psicologicamente imaturos. Dentro do nosso corpo adulto, existe uma criança e um adolescente inseguros e ansiosos, que estão apenas começando a aprender a ter comportamentos que a sociedade espera de uma pessoa adulta diante dos desafios da vida. Além de nos tornarmos adultos fisicamente, temos que nos tornar maduros psicologicamente. E, nesse processo, tendemos a adotar os parâmetros das pessoas que tiveram forte influência em nossa formação: nosso pai, nossa mãe, nossos mestres e mentores que tiveram grande influência em nossas vidas, principalmente na nossa primeira infância. Introjetamos, em nossa personalidade, os comportamentos dos nossos pais e mentores e passamos a agir e a comportar de forma semelhante a eles. Podemos até contestar e mudar de forma consciente algumas formas de pensamento e atitudes com que não concordamos, na hora de educar nossos filhos. Porém, na hora de tratarmos a nós mesmos, tendemos a nos tratar como os nossos pais nos tratavam. Isso se traduz no nosso diálogo interno, no tom de voz ácido, crítico e, algumas vezes debochado com que nos tratamos e que fazem desabar a nossa auto-estima. Aquela vozinha chata que diz: “você não vai conseguir... você nunca faz nada certo... você é incompetente... você é boba... isso não é para você... etc”. Uma voz parecida com a das pessoas adultas que nos criticaram no passado” (2). As pessoas que apresentam dificuldades de auto-aceitação são pessoas que possuem uma voz interior muito crítica e desestimuladora. Uma voz interior que faz julgamentos e comentários negativos de si mesma, num tom de voz sarcástico e desagradável, o que acaba por piorar a sua percepção de si mesma e implode a sua auto-estima. Peça para sua voz interior selecionar as melhores alternativas sugeridas pela sua parte criativa e que ela considere tão boas ou melhores que seu comportamento atual e que atendam ao seu propósito. Negocie com ela as opções que também satisfaçam você, de modo a ajudar a sua auto-aceitação e, consequentemente, a fortalecer a sua auto-estima. “A sua voz interior pode escolher aconselhar e incentivar ao invés de criticar; elogiar e encorajar em vez de depreciar. Ela também pode usar um tom de voz mais agradável e amigável, uma forma de falar mais compreensiva e motivadora” (3). Negocie todas as possibilidades de modo a satisfazer ambas as partes. Ao final da negociação, agradeça novamente à sua voz interior. Considerações finais A auto-aceitação é o resultado do nosso próprio julgamento a respeito de nós mesmos. É a auto-avaliação que fazemos através de nosso crítico interior, que se expressa através da nossa voz interior. A única maneira de mudarmos a percepção que temos de nós mesmos é mudando a forma como fazemos a nossa auto-crítica. Isso só nós podemos fazer. A auto-aceitação é apenas o primeiro passo para podermos iniciar o nosso processo de auto-desenvolvimento. Veja a sua verdadeira imagem... Veja toda a sua beleza interior que existe dentro de você... Você é a maior criação divina... Você é o maior milagre de Deus... Você é um ser que nasceu para amar e ser amado e não para estar se odiando... Você sobreviveu, aprendeu e amadureceu com as experiências amargas... Remova a tristeza que não é sua, mas apenas está com você... Deixe a alegria genuína de sua criança interior realçar o brilho radiante dos seus olhos... Pegue um pouco da esperança infinita que ainda brota dentro de você, misture com uma dose de otimismo e limpe toda a desilusão que mancha seu coração. Em vez de ficar blasfemando, dê graças a Deus por ser a pessoa maravilhosa que você é. Você é a centelha divina, feita à imagem e semelhança de Deus. Você tem o poder de amar e de ser amado, de dar e de receber, de sorrir e de se alegrar, de fazer escolhas, de aprender e de perseverar. Você tem a força interior para realizar os seus sonhos. Você tem todos os recursos de que você precisa para vencer os obstáculos e alcançar o tão sonhado sucesso. Perceba que, na sua essência, você é uma pessoa que tem paz interior, compaixão e plenitude. Você está conectado com o Criador e é parte integrante do Todo, do Universo. Por tudo isso, minha amiga, levante a cabeça, ponha os ombros para trás, respire fundo, coloque um sorriso no lugar do lamento e veja e sinta a pessoa maravilhosa que você é. Aceite você do jeito que você é. Veja suas deficiências e limitações como ponto de partida para mudanças, visando seu aperfeiçoamento e evolução com ser humano, e não como bloqueadores de suas realizações e como justificativas para seus fracassos. Tenha mais tolerância com as próprias frustrações, ou seja, aceite que não podemos só ouvir sins em nossa vida, pois existem nãos que são pertinentes e justos. Somente uma pessoa que aceita a si mesmo como é, é capaz de aceitar o outro como ele também é. “A auto-aceitação nos liberta do perfeccionismo, e aceitamos as nossas fraquezas e erros como parte do nosso aprendizado. Nem sempre nos aceitarmos e, aceitar o outro como ele é, está implícito que o outro nos aceita como somos. Por isso não tem sentido para quem se aceita ficar reivindicando que o outro o aceite, porque entendemos que o processo sempre começa com a auto-aceitação. Assim não nos ofendemos e nem ficamos magoados se o outro não nos aceita” (4). Lembre-se que você estará sempre a seu lado, você é sua companheira para o resto da vida, quer goste disso ou não. Aceite-se minha querida, eu já aceito e amo você apenas por ter lido este texto até o final. Um abraço e um beijo. Freire. REFERÊNCIAS: (1)BERNE, Eric. Análise Transacional em Psicoterapia. São Paulo: Editora Summus, 2001. (2)PEIXE, Ricardo."Confiança GT 2.0, poder natural em 15 dias. São Paulo, 2009. (3)WALSH, Roger N. e VAUGHAN, Frances. Além do Ego, dimensões transpessoais em psicologia. São Paulo: Editora Cultrix, 2008. (4)Disponível em: . Acesso em 17 de janeiro de 2011.

3 comentários:

  1. Que bom... pois eu me amo!rsrs.. pena que não são todas as mulheres que teem personalidade própria.Bjs, Arethusa.

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  2. Freire adoro o jeito que você escreve. Vai escrever assim lá em casa (sem nehum interesse), kkkk. Bjs pretão. Marcinha - Brasília -DF.

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  3. Primo Salgado,

    Vc é dez em tudo que faz.

    Evaldo,

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