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segunda-feira, julho 02, 2012
Os Meus Versos
Rasga esses versos que eu te fiz, amor!
Deita-os ao nada, ao pó, ao esquecimento,
Que a cinza os cubra, que os arraste o vento,
Que a tempestade os leve aonde for!
Rasga-os na mente, se o souberes de cor,
Que volte ao nada, o nada de um momento!
Julguei-me grande pelo sentimento,
E pelo orgulho ainda sou maior!...
Tanto verso já disse o que eu sonhei!
Tantos penaram já o que eu penei!
Asas que passam, todo mundo as sente...
Rasga os meus versos... Pobre endoidecida!
Como se um grande amor cá nesta vida,
Não fosse o mesmo amor de toda a gente.
Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"
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Boa noite....Os poemas da Florbela Espanca são realmentes encantadores.
ResponderExcluir"Que me dera
encontrar o verso
puro,ativo e forte"
Florbela Espanca!
Abraços...
Ela é genial, a melhor poetisa de todas. Obrigado pelo comentário. Volte sempre.
ExcluirEscreve-me! Ainda que seja só
ResponderExcluirUma palavra, uma palavra apenas,
Suave como o teu nome e casta
Como um perfume casto d’açucenas!
Escreve-me!Há tanto,há tanto tempo
Que te não vejo, amor!Meu coração
Morreu já,e no mundo aos pobres mortos
Ninguém nega uma frase d’oração!
“Amo-te!”Cinco letras pequeninas,
Folhas leves e tenras de boninas,
Um poema d’amor e felicidade!
Não queres mandar-me esta palavra apenas?
Olha, manda então…brandas…serenas…
Cinco pétalas roxas de saudade…
Florbela Espanca - Trocando Olhares
Lindo esse poema né?Abraços.
Lindo e bem estruturado como todas as centenas de sonetos que ela escreveu a seu eterno amor impossível (seu próprio irmão). Volte sempre.
Excluir''Como se um grande amor cá nesta vida,
ResponderExcluirNão fosse o mesmo amor de toda a gente.''
(SUSPIROS)
Quanta profundidade Tammy, florbela é meio como Renato Russo, constrói umas frases que gostarímaos de ter dito, ou escrito. Obrigadão pelo comentário. Go back again!
ExcluirEu sei e você sabe
ResponderExcluirJá que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe
Que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham a você.
Assim como o Oceano, só é belo com o luar
Assim como a Canção, só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem, só acontece se chover
Assim como o poeta, só é bem grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor, não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você! Vinícius de Moraes
Amo você.
Também te amo meu amor.
ExcluirEla era apaixonada pelo irmão? Que história é essa? - Marcia Helena (Campo dos Goytacazes - RJ).
ResponderExcluirAlguns estudiosos dizem que Florbela Espanca foi apaixonada por seu irmão e que por isso não conseguiu ser feliz em nenhum de seus casamentos, da numerosa correspondência que a poetisa nos deixou, fica-nos a ideia de que o grande amor da sua vida era o irmão. Numa das cartas que lhe escreveu, Florbela diz: "Peço-te que te lembres que sem ti não posso ser feliz nunca mais". Em 6 de Junho de 1927, Apeles Espanca morre, quando o avião em que seguia se despenha nas águas do Tejo. A partir daí, a poetisa já não voltou a ser o que era. Numa carta que escreve ao pai, desabafa: "Não me sinto nada bem e estou magríssima... Estou uma velha cheia de cabelos brancos e sem vontade para nada". Em Agosto de 1928, cerca de um ano depois da morte do irmão, Florbela Espanca tenta suicidar-se. Segue-se uma segunda tentativa de suicídio em Novembro de 1930. No dia 8 de Dezembro desse mesmo ano, no dia do seu aniversário, foi encontrada morta num quarto em Matosinhos. Debaixo do colchão foram encontrados dois frascos de Veronal, ou seja do fármaco que tomava para conseguir dormir.
ResponderExcluirLi um pouco sobre ela e acho que não.
ResponderExcluirA vida dela foi uma série de tragédias que a levou ao suicidio. Acho que o amor que ela sentia pelo irmão era um amor fraternal. @CHANTAL
Deixa-me ser a tua amiga, Amor,
ExcluirA tua amiga só, já que não queres
Que pelo teu amor seja a melhor
A mais triste de todas as mulheres.
Que só, de ti, me venha magoa e dor
O que me importa a mim? O que quiseres
É sempre um sonho bom! Seja o que for,
Bendito sejas tu por mo dizeres!
Beija-me as mãos, Amor, devagarinho...
Como se os dois nascessemos irmãos,
Aves cantando, ao sol, no mesmo ninho...
Beija-mas bem!... Que fantasia louca
Guardar assim, fechados, nestas mãos,
Os beijos que sonhei pra minha boca!...
''Eu, cada vez que vi você chegar,
ResponderExcluirMe fazer sorrir e me deixar
Decidida, eu disse nunca mais
Mas, novamente estúpida provei
Desse doce amargo quando eu sei
Cada volta sua o que me faz
Vi todo o meu orgulho em sua mão
Deslizar, se espatifar no chão
Vi o meu amor tratado assim
Mas, basta agora o que você me fez
Acabe com essa droga de uma vez
Não volte nunca mais pra mim
Mais uma vez aqui
Olhando as cicatrizes desse amor
Eu vou ficar aqui
E sei que vou chorar a mesma dor
Agora eu tenho que saber
O que é viver sem você
Eu, toda vez que vi você voltar,
Eu pensei que fosse pra ficar
E mais uma vez falei que 'sim'
Mas, já depois de tanta solidão
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim
Mais uma vez aqui
Olhando as cicatrizes desse amor
Eu vou ficar aqui
E sei que vou chorar a mesma dor
Se você me perguntar se ainda é seu
Todo o meu amor, eu sei que eu
Certamente vou dizer que 'sim'
Mas, já depois de tanta solidão
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim''
Música: Do fundo do meu coração
Cantora: Adriana Calcanhoto
Composição: Roberto Carlos / Erasmo Carlos. (A.L)
Linda composição. Concordo plenamente. Obrigado pelo comentário.
ExcluirUm espetáculo. Sabes o quanto a amo.
ResponderExcluirEla é maravilhosa!
Então estamos empates. Obrigado pelo comentário. Volte sempre, nunca mais a tinha visto por aqui.
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