terça-feira, julho 21, 2009

AGRADECIMENTO.

Agradeço-te Senhor, pela glória de viver, pela honra de amar! Muito obrigada senhor, pelo que me deste,pelo que me dás! Muito obrigada, pelo pão, pelo ar, pela paz! Muito obrigada pela beleza que meus olhos vêem, No altar da natureza! Olhos que fitam o ar, a terra e o mar. Que acompanham a ave fagueira que corre ligeira pelo céu de anil, E se detém na terra verde salpicada de flores Em tonalidades mil! Muito obrigada Senhor porque eu posso ver o meu amor! Diante de minha visão, pelos cegos, formulo uma oração. Eu sei que depois desta lida, na outra vida, Eles também enxergarão! Obrigada Senhor pelos ouvidos meus que me foram dados por Deus. Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro, A melodia dos ventos nos ramos do arvoredo, As lágrimas que choram os olhos do mundo inteiro. Diante de minha capacidade de ouvir, pelos surdos, eu te quero pedir; Eu sei , que depois desta dor, no teu reino de amor, Eles também ouvirão! Muito obrigada senhor pela minha voz Mas também pela voz que canta, que ensina, que alfabetiza; Que canta uma canção e teu nome profere com sentida emoção! Diante da minha melodia quero te rogar pelos que sofrem de afasia, Pelos que não cantam de noite, e não falam de dia. Eu sei que depois desta dor, no teu reino de amor, Eles também cantarão! Muito obrigada senhor pelas minhas mãos! Mas também pelas mãos que oram, que semeiam, que agasalham. Mãos de amor, mãos de caridade e solidariedade. Mãos que apertam mãos. Mãos de poesia, De cirurgia, de sintonia, de sinfonia, de psicografia… Mãos que acalentam a velhice, a dor e o desamor! Mãos que acolhem ao seio do corpo, um filho alheio, sem receio. Pelos meus pés, que me levam a andar sem reclamar. Muito obrigada Senhor, porque posso bailar! Olho para a terra e vejo amputados, Marcados , desesperados, paralisados… Eu posso andar!!! Oro por eles. Eu sei que depois dessa expiação, Na outra encarnação, eles também bailarão. Muito obrigada senhor, pelo meu lar! É tão maravilhoso ter um lar…Não importa se este lar é uma mansão, Um bangalô seja lá o que for! Importante é que dentro dele exista a figura do amor. Amor de pai, de mãe, de marido , de esposa, de filho , de irmão… De alguém que lhe estenda a mão, Mesmo que seja a companhia de um cão, Porque é triste viver na solidão! Mas, se eu, a ninguém tiver para me amar, nem um teto pra me acolher, Nem uma cama para me deitar… Mesmo assim, não reclamarei, Nem blasfemarei. Simplesmente eu te direi: Obrigada Senhor, porque eu nasci. Obrigada Senhor, porque eu creio em Ti. Pelo teu amor, obrigada Senhor! (Amália Rodrigues e Divaldo Franco).

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