Uma mulher namora um príncipe encantado por três meses e então descobre que ele não é príncipe coisa nenhuma, e sim um bobalhão que não soube equalizar as diferenças e sumiu no mundo sem se despedir. Mais um, segundo ela. são todos assim, os homens. Ela resmunga: "Não dá mesmo para acreditar no amor".
Peraí. Por que o amor tem que levar a culpa desses desencontros? Que a princesa não acredite mais no Pedro, no Paulo ou no Pafúncio, vá lá, mas responsabilizar o amor pelo fim de uma relação e a partir daí não querer mais se envolver com ninguém é preguiça de continuar tentando. Não foi o amor que caiu fora. Aliás, ele talvez nem tenha entrado nessa história. Quando entra, é pra contribuir, para apimentar, para fazer feliz.
Se o relacionamento não dá certo, ou dá certo por um determinado tempo e depois acaba, o amor merece um aperto de mãos, um muito obrigada e até a próxima. Fique com o cartão dele, você vai chamá-lo de novo, vai precisar de seus serviços, esteja certa. Dispense namorados, mas não dispense o amor, porque esse estará sempre a postos.
Viver sem amor por uns tempos é normal. Viver sem amor pra sempre é azar ou incompetência. Só não pode ser uma escolha, nunca. Escolher não amar é suicídio simbólico, é não ter razão para existir. Não adianta querer compensar com amor pelos amigos, pelos filhos e cachorros, não é com eles que você fica de mãos dadas no cinema.
Medeiros, Marta. Doidas e Santas.31 ed. - Porto Alegre, RS: L&PM, 2012.
Adorei essa nova capa do seu blog Freire! Dei uma espiada tava ausente.Ficou lindo seu cantinho!
ResponderExcluirBjs Miz
"Se eu sou muito louco por eu ser feliz, mais louco é quem me diz e não é feliz, não é feliz. Escolher não amar é suicídio simbólico, é não ter razão pra existir. Não adianta querer compensar com amor pelos amigos,filhos e cachorros, não é com eles que você fica de mãos dadas no cinema.
ResponderExcluirMiz Andrade