sábado, abril 30, 2011

Crônica: Você Pegou na Minha Mão Miduin




O que aconteceu com os desenhos animados? Você tem coragem de expor seus filhos aos desenhos animados que são exibidos atualmente? Qual a mensagem que eles passam? Violência, armas, guerras, combates, magia negra, raios cósmicos destruidores, poderes demoníacos... Os vilões de hoje não se contentam em vencer o mocinho, eles querem é a destruição da terra e até do universo...

Sem nostalgia, mas sou da época em que os desenhos tinham um aspecto lúdico, ensinavam valores éticos e morais às crianças. Existia , sim, a luta entre o bem e o mal. Mas era uma luta inocente, e o bem sempre vencia o mal... Os saudosistas, como eu, vão lembrar do refrão dos smurfs: "o bem vence o mal, espanta o temporal. O azul, o amarelo, tudo é tão belo...". Quanta poesia, quanta pureza em um simples desenho animado.

Confesso que era,e ainda sou apaixonado, por um desenho chamado Peanuts (amendoin) que aqui no Brasil era conhecido como Charlie Brown ou ainda Snoopy. Quem não se identificava com o Charlie Brown? aquele garoto careca e cabeçudo que ficou célebre pela frase "que puxa"? Quem nunca teve um momento Charlie Brown em sua vida? O nosso querido Charlie, vulgo, Miduin, não conseguia empinar suas pipas (elas sempre enroscavam nas árvores), ele nunca ganhava uma partida de beisebol, ele nuca conseguiu chutar as bolas seguradas pela Lucy e jamais teve coragem de falar com a garotinha ruiva e declarar o seu amor, ele é o ídolo de todos nós, os tímidos.

Embora com um aspecto visual infantil, o desenho Charlie Brown abordava questões existenciais complexas, porém de modo lúdico, agradável. Tanto que chegou a ser tese de doutorado em psicologia nos EUA. Já perceberam que no desenho os adultos não são vistos e sua voz é embaralhada, incompreensível? Nos faz parecer que o mundo dos adultos é desinteressante, que não vale a pena ser visto, que não tem a inocência das crianças.

As crianças da turma do Charlie representam uma série de amores não correspondidos: Patty Pimentinha ama Charlie Brown que ama a garotinha ruiva (Heather); Lucy (irmã de Linus) ama Schrooder que ama Bethoven; Sally (irmã de Charlie Brown) ama Linus que ama sua professora, ou seja, são todos amores platônicos, irrealizáveis... É ou não é um retrato fiel da realidade de muitos de nós adultos?

O Snoopy era um cachoorinho da raça beaglle e que, na verdade, era o único amigo de verdade que ele tinha, o único com quem ele realmente podia contar. Era o Snoopy que tentava fazer o Miduin esquecer da garotinha ruiva, era o Snoopy que consolava Charlie quando este sofria por seu amor não correspondido, a garotinha ruiva. Lembro-me que o Charlie Brown certa vez perguntou ao Snoopy: "Mas o amor não existe para fazer a gente feliz"?... Que pergunta filosófica, quanta sabedoria em uma pergunta de uma criança. É um desenho animado nos ensinando o valor de uma amizade e o significado do amor.

Quem esquece da Patty Pimentinha? Ela era apaixonada pelo Charlie Brown e fantasiava que era correspondida. Ela esbarrava de propósito na mão do Charlie brown e em seguida o acusava com a célebre frase: "Você pegou na minha mão Miduin" e ficava toda feliz, radiante, pelo resto do dia... É um desenho animado nos ensinando que o amor se mostra nos pequenos gestos, nas coisas simples da vida.

E a Luccy? Quantas dezenas de vezes ela enganou o Charlie Brown tirando a bola de futebol americano, justamento no momento que ele ia chutar, fazendo-o se esborrachar todo no chão?  Mas, ele sempre dava uma oportunidade a ela... É um desenho animado nos ensinando a perdoar e acreditar nas pessoas, mesmo aquelas que já nos decepcionaram...

Não é o meu caso, mas para muitos o grande herói do desenho era o Snoopy um beaggle que sofria de claustrofobia e preferia dormir em cima de sua casinha de cachorro. Ele sonhava que era o "Ás Mascarado" um super-atleta que ganhava todas as competições que disputava, que era admirado por todos, um jogador genial de beisebol. Ele vivia nesse mundo de fantasia porque na sua vida real o único amigo que ele tinha era o Woodstock um pássaro amarelo que só o Snoopy conseguia entender... Quantos de nós, adultos e crianças, não sonha em ser admirado, respeitado por todos, mas na verdade só possui um amigo, o único que consegue nos entender...

Quantas lições, quantas ilações em um desenho animado: amizade, amor, lealdade, esperança, amores platônicos, segunda chance aos que nos magoaram.... Não sei se é pelo cabeção que eu me identificava com o Miduin, ou pelas músicas de Bethoven que eu me identificava com o Schrooder, ou pelo atleta vencedor que eu me identificava com o Ás Mascarado (Snoopy), mas uma coisa ficou muito claro na minha vida...

Eu também sou apaixonado por uma garotinha ruiva... Que Puxa Miduin!!!

Um abraço de paz e luz.

Autor: Raimundo Freire.






sexta-feira, abril 29, 2011

Aprendi no Jardim de Infância



Tudo que eu preciso saber,
Aprendi no jardim de infância.
Tudo que eu preciso saber sobre a vida,
O que fazer, e como ser,
Eu aprendi no jardim de infância.
A sabedoria não estava
No topo da montanha do conhecimento,
Que é faculdade, mas sim,
No montinho de areia do jardim de infância.
Essas são algumas coisas que eu aprendi:
Dividir tudo,
Ser justo,
Não machucar ninguém,
Colocar as coisas de volta,
No lugar de onde foram tiradas,
Arrumar a própria bagunça,
Nunca pegar o que não é seu,
Pedir desculpas sempre que magoar alguém,
Lavar as mãos antes das refeições,
Dar descarga,
Viver uma vida balanceada,
Aprender um pouco,
Desenhar um pouco,
Trabalhar um pouco todos os dias,
Tirar uma soneca todos os dias,
Quando sair na rua olhar para os lados,
Dar as mãos e ficar junto.

Lembra daquela sementinha de feijão,
No potinho de danone?
As raízes crescem,
E ninguém sabe como nem porquê,
Mas todos somos exatamente como elas,
Peixinhos, passarinhos, gatinhos, cachorrinhos,
Até mesmo a sementinha de feijão,
Todos morrem, assim como nós...
E, então, lembre dos livros de Chapeuzinho Vermelho,
E das primeiras palavras que você aprendeu,
As maiores de todas: Papai e Mamãe.
Tudo o que você precisa,
Está lá em algum lugar.
Regras sobre a vida, o amor,
Saneamento básico,
Ecologia, política,
Igualdade e fraternidade.

Pegue qualquer um desses termos
E extrapole para as sofisticadas palavras
Da linguagem adulta.
E então aplique na sua vida familiar.
Trabalho, governo, ou mundo,
E tudo continua firme e verdadeiro.
Pense como o mundo seria melhor,
Se todo nós colocássemos as coisas
De volta no lugar onde foram tiradas.
E também sempre arrumássemos
Nossas próprias bagunças.
E continua verdade,
Não importa sua idade,
Quando sair para o mundo.
Dê as mãos, olhe para o lado,
E fique junto.

Autor: Desconhecido.

quarta-feira, abril 27, 2011

Música: Quando a Chuva Passar



Pra que falar?
Se você não quer me ouvir.
Fugir agora não resolve nada.
Mas, não vou chorar,
Se você quiser partir.
Às vezes a distância ajuda.
E essa tempestade um dia vai acabar.

Só quero te lembrar,
De quando a gente andava nas estrelas.
Das horas lindas que passamos juntos.
A gente só queria amar e amar.
E hoje eu tenho certeza.
A nossa história não termina agora.
Pois, essa tempestade um dia vai acabar.

Quando a chuva passar,
Quando o tempo abrir,
Abra a janela e veja: eu sou o sol.
Eu sou céu e mar.
Eu sou seu e fim.
E o meu amor é imensidão.


Autor: Ramom Cruz.

segunda-feira, abril 25, 2011

Prosa: Há certas Horas...



Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...

Há certas horas, que só queremos a mão no ombro,
O abraço apertado,
Ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...

Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar,
Que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente,
A brincar com a gente, a nos fazer sorrir...

Alguém que ria de nossas piadas sem graça...
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...
Que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas essas mentiras úteis...
Nos seja de uma sinceridade inquestionável...

Que nos mande calar a boca, ou nos evite um gesto impensável...
Alguém que nos possa dizer:
Acho que você está errado, mas estou do seu lado...
Ou alguém que apenas diga:
Sou seu amor! E estou aqui!

Autor: William Shakespeare.

domingo, abril 24, 2011

Ingratidão Dos Filhos



Em algum momento da vida, enquanto crianças, jovens ou adultos, muitos de nós, talvez, já nos tenhamos perguntado se a família que temos é a que realmente merecemos.
Pode ser que tenhamos desejado, mesmo por um breve instante, ter pais diferentes, mais dedicados e afetuosos.
Pais que, enquanto éramos crianças, tivessem nos carregado mais no colo, que tivessem trabalhado menos e brincado mais.
E que, quando éramos jovens, ou mesmo na fase adulta, tivessem valorizado mais nossas conquistas, vibrado mais por cada obstáculo superado ou que tivessem, simplesmente, nos feito mais companhia.
Por vezes, desejamos irmãos que fossem mais companheiros. Quantos de nós não gostaríamos de ter um irmão que enfrentasse o mundo para nos defender?
Com a maturidade e o desenvolvimento moral, é de se esperar que mudemos um pouco esses questionamentos.
Ao invés de cobranças, perguntemos a nós mesmos quanto de afeto nossos pais receberam na infância. Será que tiveram uma infância feliz? Será que foram cercados da devida atenção, de compreensão e de carinho?
Será que, quando jovens, eles tiveram pais que se fizeram presentes? Quais dificuldades afetivas ou materiais tiveram de superar?
Levemos em consideração que, talvez, eles tenham feito o melhor que puderam. Por mais que possa parecer pouco o que eles fizeram por nós, filhos, talvez esse pouco que nos ofertaram, seja muito mais do que um dia receberam.
Talvez eles tenham superado a si mesmos, tenham vencido obstáculos invisíveis para tentarem ser melhores pais.
Como filhos, temos deveres intrasferíveis para com nossos genitores. Toda gratidão, carinho, afeição e respeito são pouco para retribuir o que fizeram por nós.
Eles nos deram a oportunidade de renascimento na carne, a assistência desde antes do berço e a grandeza de gestos de sacrifício e abnegação.
A nossa ingratidão para com os pais, é um dos mais graves enganos que o espírito pode cometer no caminho evolutivo. Devemos amar e respeitar nossos genitores.
Em relação aos pais que fugiram à responsabilidade, nós, filhos, não devemos julgá-los com severidade. Sejamos tolerantes e compreensivos. Se fracassaram, um dia reconhecerão o erro e terão a oportunidade de repará-lo.
Renascemos na família de que se tem necessidade e nem sempre na que se gostaria. Os afetos e desafetos são instrumentos para a nossa própria evolução.
Enquantos nossos pais estiverem fortes, sejamos a companhia e a jovialidade. Quando fracos sejamos a proteção e o socorro. Quando sadios ofertemos-lhes a alegria. Quando enfermos, oferecamos-lhes a assistência e o sustento.
Busca crescer com a tua família e dá-lhe a mão enquanto possas. Envolve teus pais no carinho, gratidão e paciência. Oferta a teus irmãos tolerância e respeito.
Nos momentos de dificuldade, ora, e, com certeza, contarás com o auxílio Divino e a proteção dos guias espirituiais.
Aproveita a família cosanguínea, pois ela é a oportunidade de luta e progresso ofertada pelo Criador.





sábado, abril 23, 2011

Em Seu Benefício


Não se agaste com o ignorante; certamente, não dispões ele das oportunidades que iluminaram teu caminho.
Evite aborrecimentos com as pessoas fanatizadas; permanecem no cárcere do exclusivismo, e, merecem compaixão como qualquer prisioneiro.
Não se pertube com o malcriado; o irmão intratável tem, na maioria das vezes, o fígado estragado e os nervos doentes.
Ampare o companheiro inseguro; talvez não possua o necessário, enquanto você detém excessos.
Não se zangue com o ingrato; provavelmente, é desorientado ou inexperiente.
Ajude ao que erra, seus pés pisam o mesmo chão, e, se você tem posibilidade de corrigir, não tem o direito de censurar.
Desculpe o desertor, ele é fraco e mais tarde voltará à lição.
Auxilie o doente; agradeça ao Divino poder o equilíbrio que você está conservando.
Esqueça o acusador; ele não conhece o seu caso desde o princípio.
Perdoe ao mau; a vida se encarregará dele.


Fonte: André Luiz / Livro: Agenda Cristã.

terça-feira, abril 19, 2011

Música: Fascinação


Os sonhos mais lindos, sonhei...
De quimeras mil um castelo ergui.
E no teu olhar, tonto de emoção;
Com sofreguidão, mil venturas previ.

O teu corpo é luz, sedução...
Poema divino, cheio de esplendor.
Teu sorriso prende, inebria, entorpece;
És fascinação, amor.

segunda-feira, abril 18, 2011

Crônica: Homens Não Casam Com "Mulherzinhas"


Os homens são predadores natos, bilogicamentes preparados para ir à caça, e enquanto o homem ainda está na fase pack man, ou seja, come tudo, ele não se importa muito com o tipo de mulher, pode ser baixinha, alta, magrinha, gordona, loira, negra, índia, japa, vesga, torta, nova, idosa, burra, inteligente, enfim, o que vier na rede é peixe.
Todavia, com a experiência, o aprendizado e, sobretudo, com a maturidade, um belo dia o homem resolve "sossegar o facho" e procura uma mulher pra casar ou para estabelecer um relacionamento sério (é bem verdade que muitos homens preferem nunca sair dessa fase, digamos, rasga-mortalha. É bem verdade, também, que hoje em dia há mulheres que são verdadeiras colecionadoras de pênis).
Nesta hora, fatídica, em que a maturidade nos compele a conquistar a mesma mulher todo dia, em vez de conquistar várias mulheres em dias diferentes, uma coisa é certa: os homens não se casam com "mulherzinhas" (com m minúsculo). Mas quem é essa mulherzinha? como caracterizar uma? Não gosto de estereótipos, abomino o preconceito, mas ao final dessa crônica muitos concordarão comigo, notadamente as mulheres que conhecem, e falam, das outras como ninguém.
A "mulherzinha" é uma mulher fácil, que se joga, baladeira de plantão, todo mundo já pegou ou conhece uma turma que já pegou. É a famosa maria-machadão, especialista em "desmatamento", a mulher fácil vem fácil, e vai fácil... Ela esquece que existe uma grande diferença entre aquilo que é conquistado e aquilo que é usado. O que se conquista se valoriza e se preserva, o que se usa, usa-se, abusas-se e, em seguida, descarta-se.
A "mulherzinha" é uma mulher interesseira, adora o cheiro de gasolina. Preguiçosa, dependente, não trabalha e escolhe os namorados pela beleza do bolso, ou ainda, pela grandeza de caráter de sua conta bancária. Hoje em dia já é comun topar com aquelas "mulherzinhas", lindas, corpinho enxuto de vinte e poucos anos com aqueles garotões de setenta e poucos anos no maior love.
A "mulherzinha" vive se humilhando. Quem se humilha não se gosta, não se valoriza, não se respeita, naturalmente não será respeitada, valorizada, amada, querida. Tem cena mais deprimente que aquela em que o cara já deixou claro que não quer mais nada com ela e a mulherzinha finha rastejando, se humilhando, implorando, pedindo uma chance pro bonitão? O mínimo que pode acontecer com quem rasteja é ser pisado, de novo.
A "mulherzinha" é falsa, sabe aquela mulher dupla face? Aquele tipo que não tem coragem nem bom caráter pra falar as coisas pela frente, mas que por trás faz fofocas mirabolantes? Esse tipo de mulherzinha é bem conhecida, ela vê a colega e de longe solta aquele sonoro "amiiiiiiiiiiiiga como você está liiiiiiiiiiiiiiiiinda" (leia-se bruxa). Ela se faz de sonsa para realizar os seus interesses, não tem escrúpulos e adora fazer pose de santa, mesmo sendo uma grande sacana com as "amigas".
A "mulherzinha" é extremamente vulgar, adepta do visual "pirigueti", adora roupas transparentes, mínimas, apertadas, piercing no umbigo, apliques, batons e unhas extravagantes. A mensagem que ela passa e a seguinte: "eu não tenho conteúdo, tudo que eu tenho é esse corpo, ainda, duro, use à vontade, mas não tente encetar uma conversa saudável comigo porque o meu vocabulário... Ah! e não importa se você é casado ou tem namorada, eu topo tudo e não dispenso um barraco".
A "mulherzinha" é insegura. Quem suporta aquela criatura ciumenta que fica pegando no pé o tempo todo, ligando de dez em dez minutos, monitorando se você está no serviço, se já chegou, se vai demorar, enfim, aquela mulherzinha que não confia na própria caçapa e transforma a vida da vítima (namorado/marido) em um inferno de cobranças sem sentido. Se ela não confia nela mesma, como vai confiar em você?
A "mulherzinha" é chantagista emocional, usa pais, filhos, parentes, amigos próximos para forçar a vítima (namorado/marido) a permaneçer com ela, nem que seja na marra, é aquele tipinho que prefere "manter as aparências", ela prefere ter uma cabeça de maxixe que largar do osso (pobre do cachorro).
Não quero fazer incentivo ao estereótipo, muito menos fazer apologia ao preconceito. Todavia, seria hipocrisia não admitir que essa tipologia existe, de fato. Mulheres maravilhosas existem, e muitas, mulheres com M (maiúsculo), mulheres independentes, cultas, mulheres que se respeitam e que se fazem respeitar, mulheres que se valorizam e , por isso, são valorizadas, mulheres que se amam e por isso são amadas, mulheres instruídas, mulheres éticas, mulheres que preservam a própria dignidade e sabem identificar e colocar no devido lugar os "homenzinhos" (com m minúsculo).
Um abraço de paz e luz.
Raimundo Freire.

domingo, abril 17, 2011

Crônica: Os Quatro Monstros da Alma: 1º - Solidão


O homem é um animal essencialmente social - as mulheres então, nem se fala - isto significa que precisamos interagir, precisamos estar em contato com outras pessoas, trocar experiências, aprender, ensinar, errar, consertar, compartilhar.
Desde a época das cavernas que aprendemos a importância de se viver em grupo, em sociedade. O grupo social faz você se sentir protegido, amparado, querido, necessário. Daí a importância da família, nosso primeiro grupo social. A situação oposta é a solidão, seja voluntária ou imposta a solidão pode ter graves consequências, podendo culminar em depressão.
A solidão quando voluntária, sob o controle do indivíduo, pode ser uma experiência enriquecedora. Às vezes a pessoa precisa ficar só, seja para refletir, seja para meditar, tomar decisões. Todo mundo precisa de um tempo para si mesmo. Como é gostoso ler um livro no silêncio do quarto, como é bom sentar-se em frente ao mar e pensar na vida. Como é bom rir de si mesmo quando estamos sozinhos no carro e cantamos errado uma canção. Todavia esse tipo de solidão é controlada, saudável.
O isolamento social, aquela sensação de vazio existencial, entretanto, pode causar sérios distúrbios como compulsão por comida, ansiedade, depressão, alcolismo e, em último grau, casos de esquisofrenia e até casos de suicídio. Nesta solidão, digamos, negativa, a pessoa lida com sentimentos ruins como a rejeição, o abandono, a sensação de inutilidade, desesperança, a falta de um objetivo para levantar da cama, insegurança, ressentimento. Neste caso a pessoa pode estar em meio a uma multidão e mesmo assim se sentirá profundamente só.
Ninguém é uma ilha, frase tão famosa e repetida, todavia nos dias atuais, não obstante toda a tecnologia disponível para conectar as pessoas, a solidão é cada vez mais comum. Parece um paradoxo, mas as redes sociais feitas para aproximar as pessoas criam, em muitos casos, um mundo ilusório. O indivíduo tem mais de mil "amigos" no facebook, mas não pode contar com um deles sequer para ir ao cinema, por exemplo. Se tiver um problema sério não pode contar realmente com nenhuma dessas amizades virtuais. Os seja, uma ferramenta feita para aproximar as pessoas é um retrato lúgubre da solidão que toma conta das pessoas nos dias de hoje.
Nos casos graves a pessoa que padece da solidão precisa de um acompanhamento psicológico ou até de uma terapia, inclusive com medicação para repor os níveis de dopamina e noradrelanina, substâncias cuja ausência causam a depressão. Muitos solitários compram um bicho estimação, isto é, preferem a companhia de um cão, que a companhia de um ser humano. A que ponto chegamos...
A solução? O remédio para a solidão? Existe claro, pena que não se venda nas farmácias, pena que não se vendam em comprimidos, pois teriam que ser comprimidos de amor, isso mesmo, Amor. A psicologia transpessoal prega a AMORTERAPIA. O amor como solução para os problemas da depressão, da solidão, da ansiedade, do medo (os quatro monstros da alma). Amor de pai, amor de mãe, amor de filho, amor de amigo, amor de amiga.
Precisamos cultivar a amizade-amor, construir relacionamentos duradouros, amizades verdadeiras, feitas de convivência, não amizades virtuais, ilusórias. Ajude a levantar os caídos, ofereça uma palavra de consolo, às vezes tudo o que a pessoa precisa é de um pouco de conversa, desabafar um pouco, saber que alguém se importou com ela. Ofereça um poema, ofereça um livro, ofereça um copo com água, ofereça um aperto de mão, um olhar de compreensão que seja,, doe algo de si mesmo... Seja solidário e não serás um solitário.
Já dizia o poeta: fundamental é mesmo o amor é impossível ser feliz sozinho.
Um abraço de paz e luz.
Raimundo Freire.

quinta-feira, abril 14, 2011

Poesia: Rola

Desque amor me deu que eu lesse
Nos teus olhos minha sina,
Ando, como peregrina rola,
Que o esposo perdeu!
Seja noite ou seja dia,
Eu te procuro constante:
Vem, oh! vem, ó meu amante,
Tua sou e tu és meu!
Vem, oh vem, que por ti clamo;
Vem contentar meus desejos,
Vem fartar-me com teus beijos,
Vam saciar-me de amor!
Amo-te, quero-te, adoro-te,
Abraso-me quando em ti penso,
E em fogo voraz intenso,
Anseio louca de amor!
Vem, que te chamo e te aguardo,
Vem apertar-me em teus braços,
Estreitar-me em doces laços,
Vem pousar no peito meu!
Que, se amor me deu que eu lesse
Nos teus olhos minha sina,
Ando, como a peregrina,
Rola, que o esposo perdeu.
Antônio Gonçalves Dias (poeta maranhense).

quarta-feira, abril 13, 2011

Crônica: Vale-Tudo É Esporte?

Insone crônico e convicto, fazia eu pela madrugada um "tour" pelas dezenas de canais que hoje dispomos para fugir da programação "aberta", quando tive o desprazer de topar com a selvageria de um "esporte" dantesco conhecido como vale-tudo.
Inicialmente pensei que fosse alguma cena erótica, visto que havia um fortão sem camisa por cima de um outro ser humano que estava por baixo, os dois se agarrando, corpos suados, o de cima fungando no pescoço do outro e o de baixo gemia e mordia a orelha do que estava em cima, além disso o debaixo segurava o de cima com uma "chave" de perna inevitável.
O chão estava gotejado de sangue, pensei que um dos dois estava menstruado, mas não, na verdade o sangue escorria livremente dos rostos deformados em virtude de tanto socos, joelhadas, cotoveladas e outras futucadas típicas de briga em presídio.
O conceito de esporte ou desporto é um tanto abrangente, genérico mesmo, mas apregoa-se que o esporte é uma atividade física que visa a interação social, que envolva alguma competição, que siga a determinadas regras de uma federação constituída, e que tenha por objetivo o aprimoramento físico do indivíduo, "mens sana in corpore sana" já diziam os gregos.
Pressupõe-se que o esporte seja um agente de qualidade de vida, de melhoria da capacidade cardio-respiratória, uma competição que leve as pessoas a interagir, a confraternizar-se com o próximo, enfim uma ferramenta de interação social.
É por isso que tantos questionam xadrez é esporte? Fórmula 01 é esporte? De minha parte questiono Vale-Tudo é esporte? Aquele espetáculo digno do martírio cristão no coliseu romano, onde seres humanos eram despadaçados por leões que ficavam uma semana sem comer, é esporte?
Embora não seja praticado no coliseu romano o Vale-Tudo é praticado em uma jaula, isso mesmo, uma jaula chamada octógono, onde aquelas bestas se degladiam. Não é a toa que o dito "esporte" é chamado de vale-tudo. Dizem que existem regras, mas quais se o nome é vale-tudo? o que é proibido em um esporte chamado vale-tudo? Não pode morder o saco do outro? Não pode enfiar o dedo no olho do outro? Não pode dizer ao outro que é nordestino? Não pode dizer que votou na Dilma?
A verdade é que o denominado "esporte" dá audiência, e tem contratos milionários de publicidade... Mas também pudera, em um País como o nosso em que Faustão, Eliana e Gugu Liberato apresentam elevados índices de audiência, quem vai se importar se um casal sado-masoquista resolve se estaponar em uma jaula, sem camisa, rolar pelo chão até que um dos dois, exausto, seja declarado vencedor e saia satisfeito e feliz perguntando ao outro: foi bom pra você?

terça-feira, abril 12, 2011

As Dez Fobias Mais Estranhas Do Mundo

As pessoas que sofrem dessas fobias simplesmente entram em pânico quando tem que encarar o motivo da sua aversão, ficam com a boca seca, a pressão baixa, as pernas tremem, sentem enjôo, algumas até desmaiam, basta chegarem perto do "gatilho" que dispara seus conflitos emocionais, geralmente adquiridos na infância. Senão vejamos:
  1. Bromidrofobia - Medo de cheirar mal;
  2. Caetofobia - Medo de Cabelo;
  3. Deipnofobia - Medo de jantar em família;
  4. Eisoptrofobia - Medo de se olha rno espelho;
  5. Hipopotomonstroesquipedaliofobia - Medo de palavras grandes;
  6. Onfalofobia - Medo de umbigos;
  7. Lachanofobia - Medo de vegetais;
  8. Automatonofobia - Medo de bonecos de cera;
  9. Filemafobia - Medo de beijar;
  10. Venustrafobia - Medo de lidar com mulher bonita.

sexta-feira, abril 08, 2011

Semeadura

Sua generosidade chamará a bondade alheia em seu socorro.
Sua simplicidade solucionará problemas para muita gente.
Sua complexidade provocará muita dissimulação do próximo.
Sua indiferença fará manifesta frieza nos outros.
Seu desejo sincero de paz garantirá tranquilidade no caminho.
Seu propósito de guerrear dará frutos de inquietação.
Sua franqueza contundente garantirá frases rudes.
Sua distinção edificará maneiras corretas naqueles que o seguem.
Sua espiritualidade superior incentivará sublimes construções espirituais.
Diariamente, semelhamos e colhemos.
A vida também é um solo que recebe e produz eternamente.
Fonte: Agenda Cristã - André Luiz.

quinta-feira, abril 07, 2011

Oração Pela Paz Mundial

Precioso senhor do universo. Hoje renuncio a todos as armas do ódio e agressão em meus pensamentos, palavras e atos. Hoje, renuncio aos ressentimentos e mágoas que me levaram a atacar os outros e prejudicar-me. Hoje, renuncio a todas as idéias de cinismo e julgamento, a todas as palavras destrutivas e a todos os atos de vingança e violência contra mim e contra os outros.
Hoje, livre-me de todos os pensamentos e palavras de ataque, a fim de que eu possa dar os passos necessários para instalar a paz no meu coração e oferecê-la ao mundo. Hoje, não me deixe esquecer que cada ato meu é importante para construir a paz no mundo. Hoje, abro meu coração para enviar a energia do amor a todos os líderes mundiais.
Hoje, abro meu espírito para construir na criação de um mundo em que a agressão e a violência se tranforme em solidariedade e compaixão. Hoje, abro meus olhos para conscientizar-me de tudo o que posso fazer ou dizer para promover a presença da paz. Hoje, reconheço que a paz começa comigo.
Hoje, eu me entrego confiantemente em Suas Mãos. Dedico a cada idéia que penso, cada palavra que digo e cada um dos meus atos à criação, manutenção e propragação da paz. Faça com que a luz da paz reine em mim. Faça com que o poder da paz irradie de mim e através de mim. Que a paz envolva todo mundo. Assim é! E assim seja!

terça-feira, abril 05, 2011

Crônica: A Banalização do Nú Feminino


Uma amiga minha, Mizraim, me enviou um e-mail em que relatava como o excesso de nudez tira um pouco a curiosidade dos homens pelas mulheres e como a vulgarização do nú feminino tem diminuído as mulheres em seus demais valores que deveriam ser exaltados.
Infelizmente, sou obrigado a concordar com ela. Tarefa difícil abrir um jornal, uma revista, um site e não se deparar com com mulheres nuas, peladas, abertas, desnudas... É um festival de bundas, seios, barrigas, a maioria "fotoshopadas". Hoje em dia, com os recursos tecnológico do fotoshop é possível transformar qualquer bruaca em uma deusa, qualquer canela fina em uma gostosa.
É uma desfile de seios siliconados, bundas siliconadas, apliques de cabelo, botox, cirurgias plásticas, enfim, são mulheres anti-naturais, recauchutadas, reformadas e, em muitos casos, deformadas... Quantas morreram ou ficaram inválidas nas salas de cirurgia...
A mulher brasileira está perdendo sua naturalidade, está sendo coisificada, banalizada em sua essência, desfeminilizada, bombada, musculosa, pronta pra ser usada e, naturalmente, descartada em seguida. A mulher é muito mais que isso, é muito melhor, não pode ser reduzida a uma coisa, um produto de consumo, que se deforma, se adéqua às imposições da mídia, uma mídia de consumo. Mas, mulheres não foram feitas para ser usadas, mulheres foram feitas para ser amadas.
Por favor, mulheres, não se deixem transformar em um produto, uma coisa, o que nós homens queremos são mulheres naturais, não mulheres mecanizadas, robotizadas, não queremos mulheres de laboratórios, queremos mulheres inteligentes, mulheres românticas, mulheres capazes de atrair um homem pela sua doçura, pela sua competência, pela sua capacidade de diálogo e compreensão, queremos mulheres naquilo que elas têm de melhor: sua sutileza, sua meiguice, sua incomum capacidade de amar. Precisamos de mulheres-mulheres, chega de mulheres-rótulo, queremos mulheres-conteúdo.
A mente humana é movida pela curiosidade. Uma mulher completamente nua pode ser menos interessante que uma mulher que deixa alguma parte coberta ou, propositadamente, mal coberta. Existe todo um charme, todo um suspense em saber o que há por trás, ou por baixo daquela roupa, justamente porque está escondido, maldosamente escondido... Mulheres recatadas podem ser mais interessantes, mais tesudas que uma mulher que mostra tudo facilmente, e como diz o provérbio, o que vem fácil, vai fácil...
O que excita mesmo é uma mulher que se emociona com um poema, uma mulher que gosta de gentilezas, que se surpreende quando recebe flores, que gosta de assistir a um bom filme, juntinho, com um belo vinho. O que excita é uma mulher que fica feliz com um jantar romântico, uma mulher que se delicia ao receber um simples telefonema: sinto falta do teu cheiro. Ou, ainda, com um torpedo: preciso de você... Mulheres reais, assim, com suas fraquezas, com seus poderes, com seus medos e com suas certezas é que excitam verdadeiramente um homem (com H).
Às mulheres afirmo: mais excitante que despir toda a roupa, de cara, fácil, sem mistério, é ver uma mulher se despir de seus preconceitos, de seus tabus, de seus medos. Aproveitem e dispam-se à vontade, dispam-se, sim, mas da dominação, da dependência, da alienação, dispam-se da falta de cultura, dispam-se da submissão, da subserviência, dispam-se da futilidade, não se deixem banalizar. Sejam o que quiserem, mas não deixem de ser... Mulheres (com M).
Não, não tenham inveja dessas bundudas siliconadas que tanto mostram, justamente porque não tem o que mostrar. O sorriso delas é triste. Não tenham inveja dessas mulheres coisificadas, marombadas. Semana que vem elas serão substituídas por outras, mais fúteis ainda. A elas o poeta já respondeu alhures: "Arrebita bem a bunda, vagabunda, que a bunda é tudo de bom que você tem".
Um abraço de paz e luz.

segunda-feira, abril 04, 2011

Algumas Mulheres Se Satisfazem Com Apenas 09 Cm.

Com 09 centímetros de cartão de crédito dá pra fazer muita coisa né? E você pensando que era safadeza hein? ....... OREMOS!
Fonte: www.acidezfeminina.com.br

domingo, abril 03, 2011

O Mundo de Sofia

(...) Muitas pessoas tem hobbies diferentes, algumas colecionam moedas e selos antigos, outras gostam de trabalhos manuais, outras ainda dedicam todo o seu tempo livre a uma determinada modalidade de esporte. Também há os que gostam de ler. Mas os tipos de leitura também são muito diferentes. Alguns lêem apenas jornais e gibis, outros gostam de romances, outros ainda preferem temas diversos como astronomia, a vida dos animais ou as novas descobertas da tecnologia.
Se me interesso por cavalos ou pedras preciosas, não posso querer que todos os outros tenham o mesmo interesse. Se fico grudado na televisão assistindo a todas as transmissões do esporte, tenho que aceitar que outras pessoas achem o esporte uma chatice. Mas, será que existe alguma coisa que interesse a todos? Será que existe alguma coisa que concerne a todos, não importando quem são ou onde se encontram? Sim, querida Sofia, existem questões que deveriam interessar a todas as pessoas. E é sobre tais questões que trata esse curso.
Qual é a coisa mais importante da vida? Se fazemos esta pergunta a uma pessoa de um país assolado pela fome, a resposta será: a comida. Se fazemos a mesma pergunta a a quem está morrendo de frio, então a resposta será: o calor. E quando perguntarmos a quem se sente sozinho e isolado, então a resposta certamente será: a companhia de outras pessoas.
Mas, uma vez satisfeitas todas essas necessidades, será que ainda resta alguma coisa de que todo mundo precise? Os filósofos acham que sim. Eles acham que o ser humano não vive apenas de pão. É claro que todo mundo precisa comer. E precisa também de amor e de cuidado. Mas ainda há uma coisa de que todos nós precisamos. Nós temos a necessidade de descobrir quem somos e porque vivemos.
Portanto, interessar-se em saber porque vivemos não é um interesse "casual", como colecionar selos, por exemplo. Quem se interessa por tais questões toca um problema que vem sendo discutido pelo homem praticamente desde que passamos a habitar neste planeta. A questão de saber de como surgiu o universo, a Terra e a vida por aqui é uma questão maior e mais importante do que saber quem ganhou mais medalhas de ouro nos últimos jogos olímpicos.
O melhor meio de se aproximar da Filosofia é fazer perguntas filosóficas: como o mundo foi criado? Será que existe uma vontade ou um sentido por detrás do que ocorre? Há vida depois da morte? como podemos responder a estas perguntas? E, principalmente, como devemos viver? Essas perguntas tem sido feitas pelas pessoas de todas as épocas. Não conhecemos nenhuma cultura que não se tenha perguntado quem é o ser humano e de onde veio o mundo.
Basicamente, não há muitas perguntas filosóficas para se fazer. Já fizemos algumas das mais importantes. Mas a história nos mostra diferentes respostas para cada uma dessas perguntas que estamos fazendo. É mais fácil, portanto, fazer perguntas filosóficas do que respondê-las. Da mesma forma, hoje em dia cada um de nós deve encontrar a sua resposta para estas perguntas. Não dá para procurar numa enciclopédia se existe um Deus, ou se há vida após a morte. a enciclopédia também nos diz como devemos viver. Mas, a leitura que outras pessoas pensaram pode nos ser útil quando precisamos construir nossa própria imagem do mundo e da vida.
A busca dos filósofos pela verdade pode ser comparada a uma história policial. Alguns acham que Andersen é o criminoso; outros acham que é Nielsen ou Jepsen. Um crime na vida real pode chegar a ser desvendado pela polícia um dia. Mas também podemos imaginar que a polícia nunca consiga solucionar determinado caso, embora a solução para ele esteja em algum lugar. Mesmo que seja difícil responder a uma pergunta, isto não significa que ela tenha uma - e só uma - resposta certa. Ou há vida depois da morte, ou não.
Muitos dos antigos enigmas foram desenvolvidos pela ciência ao longo dos anos. Antigamente, um grande enigma era saber como seria o lado escuro da lua. Não era possível chegar a apenas uma resposta através de discussão; a resposta ficava para a imaginação de cada um. Hoje, porém, sabemos exatamente como é o lado escuro da lua. Não dá mais pra "acreditar" que há um homem morando na lua, nem que ela é um grande queijo, todo cheio de buracos.
Um dos grandes filósofos gregos, que viveu há mais de dois mil anos, acreditava que a Filosofia era fruto da capacidade do homem de se admirar com as coisas. Ele achava que para o homem a vida é tão singular que as perguntas filosóficas surgem como que espontaneamente. É o que ocorre como quando assistimos a um truque de mágica: não conseguimos entender como é possível acontecer aquilo que estamos vendo diante de nossos olhos. E, então, depois de assitirmos à apresentação, nos perguntamos: como é que o mágico conseguiu transformar dois lenços brancos de seda em um coelhinho vivo? Para muitas pessoas, o mundo é tão incompreensível, quanto o coelhinho que o mágico tira de uma cartola que, há poucos instantes, estava vazia.
No caso do coelhinho, sabemos perfeitamente que o mágico nos iludiu. quando falamos sobre o mundo as coisas são um pouco diferentes. Sabemos que o mundo não é mentira ou ilusão, pois estamos vivendo nele, somos parte dele. No fundo, somos o coelhinho branco que é tirado da cartola. A única diferença entre nós e o colehinho branco é que ele não sabe que está participando de um truque de mágica. Conosco é diferente, sabemos que estamos participando de algo misterioso e gostaríamos de explicar como tudo funciona.
P. S. - Quanto ao coelhinho branco, talvez seja melhor compará-lo com todo o universo. Nós, que vivemos aqui, somos os bichinhos microscópicos que vivem na base do pelo do coêlho. Mas os filósofos tentam subir da base para a ponta dos finos pêlos, a fim de poder olhar bem dentro dos olhos do grande mágico. (...)
Fonte: O Mundo de Sofia, de Jostein Gaardner (Companhia das Letras).

sábado, abril 02, 2011

Desemburrecendo: Quem São Os Savants?

Um Savant é uma pessoa, geralmente, com problemas mentais, mais precisamente o autismo, que possuem habilidades espantosas para a ciência. Eles tem uma capacidade de memória estonteante, aliado a isso apresentam um QI elevadíssimo.
A Sindrome de Savant foi descrita em 1887 pelo mesmo cientista John Langdon Down que descreveu a Síndrome de Down. Os savants constituem 10% dos autistas ou, ainda, uma a cada duas mil pessoas que apresentam retardo mental.
Os savants podem decorar livros inteiros lendo-os uma única vez (Kim Peek, o mais famosos dos savants, já leu e decorou 12.000 livros, não contente, ele consegue ler duas páginas de um livro ao mesmo tempo, sendo uma com cada olho; Foi Kim Peek que inspirou o personagem de Dustin Hofman no filme Rain Main. Daniel Tammet sabe os primeiros 25.514 dígitos do númeral pi e aprendeu 11 idiomas só os ouvindo uma única vez).
Os savants são capazes de multiplicar "de cabeça" e com exatidão números gigantescos, além de serem capazes de decorar o calendário de séculos inteiros, todavia, como todo autista, não são capazes de se comunicar.
Não se sabe as causas dessa síndrome, mas os cientistas supõem que como o lado esquerdo do cérebro, responsável pela comunicação, nasce comprometido o lado direito responsável pela, leitura, memória e cálculo tenta compensar isso ao máximo.
O lado triste da história é que, embora tenham esse cérebro de computador, os savants não sabem o que fazer com todo esse conhecimento, não sabem pra que serve, já que não conseguem se comunicar com eficácia.

sexta-feira, abril 01, 2011

A Força do Amor

Acredita no amor e vive-o plenamente.
Qualquer expressão de afetividade propicia renovação de entusiasmo, de qualidade de vida, de metas felizes em relação ao futuro.
O amor não é somente um meio, porém o fim essencial da vida.
Emanado pelo sentimento que se aprimora, o amor expressa-se, a princípio, asselvajado, instintivo, na área da sensação, e depura-se lentamente, agigantando-se no campo da emoção.
Quando fruído, estimula o organismo e oferece-lhe reações imunulógicas que propoporcionam resistência às celulas para enfrentar os invasores perniciosos, que são combatidos pelos glóbulos brancos vigilantes.
A força do amor levanta as energias alquebradas, e torna-se essencial para a preservação da vida.
Quando diminui, cedendo lugar aos mecanismos da reação pelo ciúme, pelo ressentimento, pelo ódio, favorece a degeneração da energia vital, preservadora do mecanismo fisiopsíquico, ensejando a instalação de enfermidades variadas, que trabalham pela consumpção dos equipamentos orgânicos.
Situação alguma, por mais constrangedora, ou desafio, por maior que se apresente, nas suas expressões agressivas, merecem que te niveles à violência, abandonando o recurso valioso do amor.
Competir com os não-amáveis é tornar-se pior do que eles que, lamentavelmente, ainda não despertaram para a realidade superior da vida.
Amá-los é a alternativa única à tua disposição, que deves utilizar de forma a não te impregnares da energia deletéria que eles exalam.
Envolvê-los em ondas de afetividade é ato de sabedoria e recurso terapêutico valioso, que lhes modificará a conduta, senão de imediato, com certeza oportunamente.
O amor solucionará teus problemas. Não impedirá, porém, que os tenhas, que sejas agredido, que experimentes incompreensão, mas te facultará permanecer em paz contigo mesmo. É possível que não vejas a florescência, naquele a quem ofertas, no entanto, a sociedade do amanhã vê-lo-á enfrutecer e beneficiar as criaturas que virão depois de ti. E isto sim é o que importa.
Quando tudo pareça conspirar contra os teus sentimentos de amor, e a desordem aumentar, o crime triunfar, a loucura aturdir as pessoas em volta, ainda aí, não duvides do seu poder. Ama com mais vigor e tranquilidade, porque esta é a tua missão na terra: amar sempre.
Crucificado, sob superlativa humilhação, Jesus prosseguiu amando e em paz, iniciando uma Era Nova para a humanidade, que agora lhe tributa razão e amor.
Divaldo Franco / Joana de Ângelis (Livro: Momentos Enriquecedores).

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